Se antes a robótica era vista como um recurso restrito às linhas de produção, hoje ela já ocupa os lares e começa a transformar a rotina das pessoas. Da fábrica ao quintal, da indústria pesada ao ambiente doméstico, os robôs se tornam presença cada vez mais tangível, oferecendo desde praticidade até reflexões sobre o futuro da convivência entre humanos e máquinas.
Para Michael Lopes, engenheiro de automação com mais de 10 anos de experiência, essa transição já não é ficção científica, mas uma realidade em expansão.
“Estamos vendo robôs que antes eram limitados a processos industriais se tornarem parte do dia a dia das pessoas. Um humanoide capaz de acompanhar alguém em atividades rotineiras ou um robô jardineiro que mantém a grama aparada mostram que essa tecnologia já ultrapassou o portão das fábricas”,
afirma.
Ele cita ainda os robôs aspiradores, hoje acessíveis no Brasil, como exemplo de como a robótica doméstica passou de luxo a item comum em muitos lares.
O movimento ganha força à medida que a automação deixa de ser sinônimo apenas de eficiência produtiva para se tornar aliada do conforto e da conveniência. A lógica por trás é a mesma: liberar o tempo humano para atividades de maior valor, seja no ambiente de trabalho ou dentro de casa.
Atualmente o influenciador Lucas Rangel movimentou a internet ao apresentar o Unitree G1, robô humanoide avaliado em mais de R$ 200 mil, capaz de correr, cumprimentar, brincar com animais e até fazer compras no supermercado. O vídeo, que ultrapassou milhões de visualizações, mistura fascínio e inquietação: seria apenas entretenimento ou um vislumbre do futuro da interação entre humanos e máquinas?
Mais do que uma simples curiosidade digital, a cena reflete um fenômeno maior: os robôs humanoides começam a se inserir no cotidiano, impactando diversos setores da sociedade. Essa transformação vai além da presença de máquinas inteligentes. Para que o país se prepare para a chamada “sociedade aumentada”, em que humanos e robôs convivem de forma complementar, é fundamental investir em educação tecnológica desde a infância.
Marco Giroto, fundador da SuperGeeks, primeira escola de programação e robótica para crianças e adolescentes do Brasil, reforça que o futuro do trabalho será moldado por profissionais capazes de lidar com ferramentas digitais e sistemas inteligentes desde a infância.
“Não se trata apenas de ensinar programação ou robótica, mas de estimular uma mentalidade voltada para resolução de problemas, criatividade e pensamento crítico. As crianças de hoje serão os profissionais que, em poucos anos, precisarão conduzir essa integração entre humanos e máquinas”,
explica.
A convergência entre tecnologia e cotidiano, portanto, aponta para uma realidade em que robôs não apenas executam tarefas, mas redefinem a forma como vivemos, trabalhamos e educamos. Mais do que substitutos, eles se tornam parceiros de uma sociedade que já não pode ser pensada sem tecnologia.
Imagem da capa: Divulgação
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