publicidade

Dados sobre emergência climática serão incluídos no Projeto GeoReDUS

Iniciativa coordenada pelo CEM tem parceria de FNP, Instituto ORI:ORO e Agência de Cooperação Alemã, GIZ. Nova equipe de Treinamento Técnico foi formada pelo centro de pesquisa para atuar no projeto

publicidade

Plataforma GeoReDUS está ampliando sua base de dados geolocalizados para incluir informações sobre mobilidade urbana e emergência climática. Também planeja realizar projetos piloto com quatro municípios para que gestores possam desenvolver bases geolocalizadas com dados locais e de interesse para as políticas públicas municipais e ampliar a cobertura temporal da base de dados já utilizada, levantando informações dos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dos anos de 2000, 2010 e 2022. 

As novidades foram anunciadas no dia 9 de setembro por Mariana Giannotti, pesquisadora principal e coordenadora da área de Difusão do Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp) e do projeto GeoReDUS, na abertura da semana de recepção da nova equipe de Treinamento Técnico que vai atuar nos projetos do CEM, entre eles o da plataforma.

Os novos técnicos participaram de uma semana de treinamento no Prédio das Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) entre os dias 8 e 12 de setembro, período no qual puderam se inteirar das atividades do CEM e do atual estado de desenvolvimento dos projetos GeoReDUS e Mapeamento Interativo (MAPi). A equipe é financiada por bolsas de Treinamento Técnico concedidas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

GeoReDUS reúne um conjunto de ferramentas de visualização de dados territoriais geolocalizados, no nível intramunicipal, de acesso gratuito, que permitirá que gestores públicos e sociedade civil possam elaborar políticas públicas e projetos para as cidades de forma cientificamente informada, acessando os dados rapidamente e de forma simples para embasar as decisões. A plataforma é desenvolvida pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp), em parceria com a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), o Instituto ORI:ORO e a Agência de Cooperação Alemã, GIZ, que também enviaram equipes próprias para participar da semana de recepção, apresentação e discussão do projeto GeoReDUS.

A plataforma é de acesso rápido e simples, e agrega mais uma ferramenta para a Rede para Desenvolvimento Urbano Sustentável (ReDUS), que agrupa pessoas, organizações e iniciativas que discutem o futuro das cidades brasileiras, ajudando na criação e fortalecimento da colaboração entre comunidades de práticas de desenvolvimento urbano sustentável. 

No momento, a GeoReDUS traz dados de todos os municípios do Brasil sobre população e domicílio; infraestrutura e serviços urbanos; educação e saúde.

“Entre os próximos passos, além de ampliar a base de dados e desenvolver os projetos piloto, buscaremos ampliar as parcerias para obtenção de dados e também no âmbito tecnológico, aumentar a parte do mapeamento colaborativo que já estamos desenvolvendo no MAPi, um projeto correlacionado ao GeoReDUS, e vamos pensar ainda em formas de captação de recursos para manter o ritmo de desenvolvimento da plataforma”,

afirma Giannotti. 

Durante a semana de recepção da equipe de Treinamento Tecnológico, as equipes foram divididas de acordo com os temas: saúde e educação são áreas em que os trabalhos já estão em andamento. As três novas temáticas são a de emergência climática, mobilidade e a dos pilotos municipais, que vão atuar em parceria com prefeituras que queiram participar do projeto como estudo de caso e desenvolvimento de projeto piloto. A primeira tarefa das equipes foi desenhar um plano de ação para cada uma das áreas. Também participaram de oficinas para trabalhar na plataforma, de forma a entender sua organização e funcionamento, além de terem participado de palestras sobre gestão de equipe e de projeto. A ideia é que a terceira fase do GeoReDUS seja concluída e resulte em uma nova edição da plataforma em maio de 2026.

Projeto para a educação: MAPi

O projeto Mapeamento Interativo (MAPi) também teve avanços e novas metas, discutidas durante a semana de recepção aos novos técnicos. Ele permite o mapeamento de elementos do espaço urbano por meio de dados textuais, fotos e vídeos, além de visualização de dados espaciais sobre diversos temas por meio de mapas temáticos. Trata-se de um conjunto de ferramentas digitais e didáticas disponíveis em um aplicativo web gratuito e aberto, que pode ser acessado diretamente pelo navegador da internet, sem necessidade de cadastro ou instalação de software. 

Nele, os usuários podem alterar aspectos da representação e produzir seus próprios mapas. O MAPi permite gerar mapas temáticos, como o coroplético (que representa dados estatísticos de um território a partir de diferentes cores ou sombreamentos), e fazer sobreposição de camadas, como, por exemplo, raça e renda, o que auxilia em compreender o padrões de segregação racial e social dentro do contexto urbano. 

O sistema MAPi é uma ferramenta de apoio didático e está sendo testada, no momento, por equipes de professores e alunos dos últimos anos do ensino fundamental e também do ensino médio de duas escolas da cidade de São Paulo, uma pública e outra privada.

“Tivemos um bom avanço na coleta de dados geoespaciais com a atuação dos alunos, que inseriram dados e produziram seus próprios mapas sobre temas como alimentação, mobilidade urbana e meio ambiente. Também estamos criando o que chamamos de caixa de ferramentas para os professores usarem nosso sistema de acordo com seu planejamento de aula, sem que isso afete a sequência da programação curricular”,

afirma Kaue Oliveira Almeida, pesquisador e integrante da Equipe de Transferência do CEM que está coordenando a iniciativa junto com Giannotti.

Como próximos passos, a equipe do MAPi pretende apresentar a plataforma na próxima edição do Encontro USP Escola, evento da universidade que oferece cursos e oficinas para professores de escolas do ensino fundamental e médio; ter um case com escola parceira; fortalecer parcerias para validar a próxima edição do MAPi; inscrevê-lo em projetos e editais para divulgação e captação de recursos; expandir o número de escolas usuárias. 

Acesse a Plataforma GeoReDUS: https://www.redus.org.br/georedus?v=v0&municipioId=3550308

Acesse a Plataforma MAPi: https://mapi.centrodametropole.fflch.usp.br/

Com informações do CEM
Imagem de capa: Pixabay


Receba notícias sobre Drones, Geo, Espaço e eVTOLs no WhatsApp!

Siga nossas redes sociais de Drones, Geotecnologias, Espaço e eVTOLs


Veja como foram as feiras DroneShow RoboticsMundoGEO ConnectSpaceBR Show e Expo eVTOL 2025, com mais de 10 mil visitantes de 30 países, 150 expositores, 200 palestrantes e 150 horas de conteúdo:

2025 Feira/Exhibition MundoGEO Connect | DroneShow | SpaceBR Show | Expo eVTOL, 3-5/6 | São Paulo BR
publicidade
Sair da versão mobile