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Além da Starlink, satélites tradicionais ainda seguem vitais para operações críticas no Brasil

Sistemas satelitais tradicionais vêm garantindo há décadas a operação contínua de setores essenciais da economia, como energia, telecomunicações e transporte

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A chegada da Starlink ao Brasil colocou a comunicação via satélite nos holofotes, associando-a principalmente à internet rápida para usuários finais e pequenas empresas. Mas, por trás dessa visibilidade, sistemas satelitais tradicionais vêm garantindo há décadas a operação contínua de setores essenciais da economia, como energia, telecomunicações e transporte, conectando regiões remotas e estratégicas do país onde nenhuma infraestrutura terrestre chega e assegurando que serviços críticos não sofram interrupções.

Essa importância se evidencia nos desafios estruturais de conectividade: em 2024, 1.207 municípios não contavam com backhaul de fibra óptica, segundo o Plano Estrutural de Redes (PERT) da Anatel, e 7.923 localidades permaneciam sem sinal 4G ou superior.

Cláudio Calonge, CEO da Briskcom, provedora de soluções de conectividade via satélite fundada em 2003 e especializada em operações de missão crítica, afirma:

“Em operações de missão crítica, como no setor elétrico, a comunicação via satélite não é apenas uma alternativa, é estratégica. Nossos sistemas oferecem redundância, monitoramento em tempo real e cobertura nacional, permitindo que as concessionárias detectem falhas, ajustem a distribuição e respondam rapidamente a qualquer incidente.”

Segundo o executivo, setores como energia e telecomunicações demandam níveis de disponibilidade de até 99,98%, o que equivale a apenas 1h45 de indisponibilidade ao longo de um ano. Para atingir esse patamar, são utilizados sistemas que monitoram a rede em tempo real e emitem alertas imediatos diante de qualquer instabilidade. 

“Esse monitoramento constante é o que garante a continuidade dos serviços e a capacidade de resposta em segundos, uma exigência que diferencia as operações críticas das soluções voltadas ao usuário final”,

complementa Calonge.

Enquanto a Starlink busca levar internet de alta velocidade a usuários finais, os satélites tradicionais priorizam confiabilidade e resiliência.

“A diferença está na arquitetura: satélites modernos usam constelações de órbita baixa para oferecer velocidade e alcance rápido, mas dependem de infraestrutura terrestre e têm janelas de disponibilidade limitadas. Já os satélites geoestacionários garantem cobertura contínua, monitoramento constante e suporte a operações críticas que não podem sofrer interrupções”,

detalha o especialista.

Essa distinção técnica explica por que setores estratégicos continuam a depender de soluções satelitais tradicionais, mesmo em um mercado crescente de internet via satélite.

Com informações e imagens da Briscom


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