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MCTI destaca investimentos para fortalecer Programa Espacial Brasileiro

Está previsto para novembro, a partir do Centro Espacial de Alcântara, o lançamento de um foguete sul-coreano que colocará em órbita três satélites do Brasil

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Na última quarta-feira (15/10), a Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, participou do 2º Seminário Espaço em Pauta: Projetos Estruturantes do Programa Espacial Brasileiro, promovido pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, em Brasília–DF.  

O seminário teve o objetivo de ampliar a articulação entre autoridades civis e de defesa, representantes de instituições e especialistas do setor espacial para promover o diálogo estratégico em torno do Programa Espacial Brasileiro (PEB). A iniciativa visa ampliar a competitividade nacional e impulsionar a inovação no setor espacial.  Diretor de Governança do Setor Espacial da Agência Espacial Brasileira (AEB), Rogério Veríssimo, na palestra das Iniciativas Estruturantes do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).

Na oportunidade, o Diretor de Governança do Setor Espacial da Agência Espacial Brasileira (AEB), Rogério Luiz Verissimo, apresentou as Iniciativas Estruturantes do PNAE, com foco em ações estratégicas para o fortalecimento do setor espacial brasileiro. Já a Ministra Luciana Santos destacou que, nos últimos dois anos, o MCTI, ao lado da AEB, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), deu prioridade a ações do Programa Espacial Brasileiro. 

“Já contratamos quase R$ 1 bilhão no setor, com uma perspectiva de alcançar mais de R$ 5,5 bilhões nos próximos anos, se incluirmos os investimentos na continuidade do Programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres [CBERS]”,

afirmou.

A Ministra ressaltou que esses números refletem a determinação do Governo do Brasil em construir um programa espacial à altura do País, que é uma das dez maiores economias do mundo. 

Major-Brigadeiro do Ar Marcos Aurelio Vilela Valença – Secretário de Coordenação e Assuntos Aeroespaciais; e Emerson Granemann – CEO da MundoGEO, organizadora do SpaceBR Show

Por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e da Finep, o MCTI investiu R$ 416 milhões em três projetos de veículos lançadores: o veículo lançador de pequeno porte (VLPP), o veículo acelerador RATO para o Hipersônico 14-X e o projeto VLM-AT, que busca autonomia tecnológica em componentes para o Veículo Lançador de Microssatélites, desenvolvido pela Força Aérea Brasileira (FAB).  

Luciana Santos informou que a expectativa é de que, no segundo semestre de 2026, o País faça o primeiro lançamento de um veículo espacial brasileiro, o VLPP, com carga útil nacional. 

“O evento foi marcado por discussões do uso dual de alguns projetos espaciais desenvolvidos no Brasil em sintonia com os movimentos globais do setor”,

comenta Emerson Granemann, CEO da MundoGEO, que esteve presente no evento.

Investimentos em satélites 

Na área de satélites, o MCTI fez o maior investimento econômico da história da Finep, com o valor de R$ 220 milhões, para o SAT VHR, um satélite ótico sub-métrico desenvolvido pela Visiona. Além disso, avançou com o Amazônia 1B, contribuição brasileira à constelação Sabia-Mar, em parceria com a Argentina, que é voltada ao monitoramento de recursos hídricos e dos oceanos. O satélite está sendo integrado no Inpe e o modelo de voo tem entrega prevista para 2026. 

O CBERS-6, com tecnologia de Radar de Abertura Sintética (SAR), que está em desenvolvimento, também recebe aporte do ministério. Já foi contratado uma atualização da Plataforma Multimissão (PMM), que será a contribuição tecnológica nacional ao CBERS-6, por R$ 250 milhões. Vale destacar que o MCTI mantém a cooperação histórica com a China, no CBERS, para a produção de uma série de satélites de observação da Terra. 

A construção do CBERS-5, satélite geoestacionário que permitirá ao Brasil autonomia em aquisição de dados meteorológicos, também está avançando com o apoio do MCTI. O investimento para o País é em torno de US$ 1 bilhão, e contribuirá com o fortalecimento da Indústria Espacial Brasileira e infraestrutura de pesquisas do Programa Espacial Brasileiro. 

Há a previsão do lançamento comercial de um foguete sul-coreano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em novembro, que levará três satélites brasileiros: o Jussara, desenvolvido no Maranhão (MA), e dois experimentos de empresas nacionais. 

“É uma nova era que se abre para nosso programa espacial, que combina soberania, desenvolvimento tecnológico e geração de benefícios concretos para nossa população. Estamos construindo um Programa Espacial Brasileiro à altura do Brasil e do seu papel no mundo”,

acrescentou a ministra.  

Assinatura de resolução

Durante a abertura do evento, o ministro-chefe do GSI da Presidência da República, Marcos Antonio Amaro, assinou a atualização do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (Pese) e a resolução de instituição do grupo técnico responsável pelo novo ciclo de atualização do PNAE, que terá a missão estratégica de coordenar a revisão do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB). 

Com informações e imagens do MCTI e AEB


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