Em três dias de congresso, foram realizados doze debates. Todos os setores do geo tiveram questões fundamentais abordadas por experts em mini-palestras e discussões. Causas de sucessos e insucessos em projetos GIS, Soluções para mapear o Brasil, O papel no mercado de agrimensores, cartógrafos e geógrafos, Ensino de Geomática, Direitos Autorais e Políticas de Comercialização de Dados foram alguns dos temas propostos.
Uma das discussões mais polêmicas envolveu o possível desaparecimento dos Sistemas de Informações Geográficas como existem atualmente. Os empresários, técnicos e usuários presentes sugeriram várias hipóteses possíveis para o destino do GIS. Uma delas foi a substituição dos programas por bancos de dados que tenham capacidade de apresentar seus dados em forma de mapas. Outra hipótese citada foi a do crescimento das funcionalidades dos programas de CAD. Finalmente foi lembrado que o GIS tradicional pode não desaparecer, mas passar por uma fase de amadurecimento.

A opinião mais polêmica foi dada pelo mediador, Oscar Schmeiske, coordenador do Geoprocessamento no Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba). Schmeiske disse que quem trabalha em departamentos de geoprocessamento pode começar a procurar outro emprego. "Em dez anos este tipo de órgão vai estar extinto. Os sistemas vão ser mais intuitivos e os próprios usuários finais vão poder operá-los facilmente".

Clodoveu Davis, da Prodabel (Empresa de Informática da Prefeitura de Belo Horizonte) completou a opinião de Schmeiske com uma comparação. Para ele, o GIS é mais ou menos como o carburador de um carro, que com a invenção da injeção eletrônica, foi sendo substituído aos poucos e hoje está quase esquecido."Nós, técnicos, somos como mecânicos de carburadores", afirmou.

Da esq. para dir.: Acir Marteleto (Autodesk), José O. Lima (Cemig), Oscar Schmeiske (IPPUC), Guilherme Pinho (Digimapas), Geovane Magalhães (CPqD) e Fernando Targa (Gempi).