A Nasa está utilizando imagens do satélite Radarsat (da Agência Espacial Canadense) para monitorar o derretimento do gelo que recobre o Pólo Norte.

O novo método permite que os cientistas tenham imagens de toda a capa de gelo com uma resolução bem maior do que a obtida até então. O Radarsat, que faz uma imagem do Ártico a cada três dias, permite examinar a região a uma resolução de 100 metros, tornando possível observar como os rompimentos se desenvolvem na camada de gelo.

“Essa é a primeira vez que nós somos capazes de ver quantos buracos estão abertos no gelo”, disse Ron Kwok, cientista senior da Nasa, que é o principal pesquisador do projeto com o Radarsat. O método utilizado anteriormente, chamado passive-microwave, possibilitava uma resolução de 25 quilômetros e tinha problemas com a cobertura das nuvens sobre a região.

O derretimento do gelo preocupa a comunidade científica por demonstrar que há um aquecimento da temperatura do planeta e ao mesmo tempo acelerá-lo. Os cientistas das Nações Unidas anunciaram este mês que há um buraco de 1,6 quilômetro na camada de água congelada sobre Pólo Norte.