Um diagnóstico completo sobre a região afetada pelos garimpos do município paraense de Itaituba, no rio Tapajós, será realizado através do projeto do órgão de desenvolvimento industrial da ONU.

A localidade foi escolhida para representar o Brasil nos estudos que acontecerão em mais seis países com o objetivo de desenvolver a exploração sustentável do ouro. Faz parte do projeto a elaboração de um mapa referenciado, assim como de um histórico sócio-econômico e sanitário da população.

Está garantido o investimento de US$ 1 milhão para o desenvolvimento dos estudos. Entre os objetivos da ONU está incentivar a garimpagem de ouro primário em rochas no subsolo, o que exige técnicas aprimoradas e tecnologias avançadas. A dificuldade da exploração do ouro primário, no entanto, é recompensado pela maior quantidade de ouro adquirida na garimpagem em rochas subterrâneas.

A qualidade e o preço do ouro primário são iguais ao do ouro aluvionado. Hoje, a garimpagem de ouro primário ainda é incipiente no Estado do Pará, restringindo-se a profundidades que não passam de 50 metros. Enquanto que em Minas Gerais, a mineração subterrânea chega a 2,8 mil metros de profundidade, e na África do Sul existe exploração de ouro primário em mais de dez mil metros abaixo da superfície.

Os estudos no garimpo São Francisco deverão apontar par1a técnicas e tecnologias exatamente adequadas às condições da região amazônica.