Um fundo da OEA (Organização dos Estados Americanos) aprovou um projeto de três anos para o desenvolvimento sustentável e a conservação biocultural da fronteira entre o Brasil e o Suriname, anunciou o embaixador de Brasília em Paramaribo, Liviano de Carvalho. Este projeto também tem a tarefa de atualizar os mapas das áreas protegidas. O plano dispõe de US$ 200 mil dólares para este ano. "O projeto da fronteira Suriname-Brasil é o primeiro do gênero na região, e desejamos que seja um exemplo para que outros países cooperem entre si", disse Liviano de Carvalho, na sede da OEA em Paramaribo, capital de Suriname. O projeto ficará a cargo de uma equipe de conservação do Amazonas, dirigida por Nevill Gunther. Ele disse que a intenção é trabalhar com as populações carentes da fronteira, que têm 5.000 habitantes, para que aprendam a "conservar e proteger a região e a floresta". "Vamos treiná-los para trabalhar com materiais que não contaminem a área", destacou Gunther. Suriname e Brasil compartilham uma fronteira montanhosa, cuja população indígena sofre há anos por falta de alimentos, por pragas de formigas e doenças como a malária. O acesso à região só é possível pelo espaço aéreo.