As técnicas de imageamento por satélite têm se desenvolvido em uma velocidade tão grande que, atualmente, cientistas conseguem observar em velocidade muito próxima do tempo real o avanço do desmatamento na Amazônia. Entre os destaques das melhorias nesta área está o sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que já pode ser consultado gratuitamente pela internet.

Projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do IBAMA e também parte do Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia do Governo Federal, o Deter foi criado para fornecer aos órgãos de controle ambiental informações periódicas sobre eventos de desmatamento, para que o Governo possa tomar medidas de contenção.

Segundo o INPE, o Deter trabalha com estimativas anuais do encolhimento da Floresta Amazônica. A freqüência de observações do novo sistema é tão alta que permite que ele vença as limitações da cobertura de nuvens e enxergue o que acontece no solo. Sensores em três satélites o alimentam com dados: o Modis, a bordo do Acqua e do Terra (ambos da Nasa), e o WFI, carregado pelo satélite sino-brasileiro Cbers-2.


Área de desmatamento amazônico

Como o sistema produz informação em tempo "quase real" sobre as regiões onde estão ocorrendo novos desmatamentos, a sociedade brasileira passa a dispor de uma ferramenta inovadora de suporte à gestão de terras na Amazônia. Entretanto, apesar da observação próxima do tempo real, a resolução do Deter é de apenas 250 metros em seu primeiro sensor, enquanto o outro está na faixa dos 260 metros. Por isso, a menor área na qual podem ser detectados desmatamentos recentes é de 25 hectares.

Para conhecer o sistema e acessar as imagens, basta ao usuário cadastrarse gratuitamente no site do Deter (www.obt.inpe.br/deter).