Disponibilização de informações geodésicas pela Internet é uma das missões do IBGE

Ao longo dos anos o IBGE, através da Coordenação de Geodésia, vem suprindo a sociedade com informações relativas às estações do SGB (Sistema Geodésico Brasileiro) . Até meados da década de 90, os produtos gerados eram fornecidos ao público em meio analógico (papel). A partir de 1996, com a implantação do BDG – Banco de Dados Geodésicos, os produtos passaram a ser gerados em meio digital e os atendimentos passaram a ser realizados através de correio eletrônico.

Mais recentemente, a exigência de usuários de informações geodésicas passou a ser por consultas feitas diretamente via internet. Foi então realizada, em outubro de 2001, a primeira fase de disponibilização das informações do BDG na internet, divulgada durante o XX Congresso Brasileiro de Cartografia, em Porto Alegre. Nessa fase, só havia uma forma de recuperação das informações: através das 46 folhas da CIM (Carta Internacional ao Milionésimo).

Estamos, agora, inaugurando uma nova fase em que o principal objetivo é levar para a sociedade, as informações relativas às estações do SGB de uma forma mais amigável, rápida e apresentando várias opções de recuperação, inclusive gráfica.

"Estamos inaugurando uma fase em que o principal objetivo é levar à sociedade as informações relativas as estações SGB de uma forma amigável e rápida"

Para a execução dessas tarefas, fizemos uso de ferramentas GIS (ArcIMS) que possibilita a construção e disponibilização centralizada de uma ampla gama de mapas, dados e serviços, no âmbito de um GIS, para atendimento dos requisitos de usuários em geral, o sistema gerenciador de Banco de Dados Oracle8i e aplicativos desenvolvidos em ASP.


Modelo Conceitual simplificado


Arquitetura WEB


Visão de consulta a uma estação GPS

Composição do BDG

O BDG é composto pelo conjunto de estações geodésicas, cuja posição serve como referência precisa nas atividades de mapeamento do território nacional, ao suprimento de informações necessárias à condução de grandes obras de engenharia, como: barragens, saneamento básico, irrigação, resolução de problemas fundiários, etc..

Além disso, agrega informações da rede altimétrica – cujas atividades iniciaram em 1945 – com objetivo de proporcionar aos usuários um referencial altimétrico de alta precisão, com abrangência nacional. Atualmente estão disponíveis dados e informações de cerca de 65 mil referências de nível (RN) espalhadas pelo território nacional, principalmente ao longo das rodovias.

A rede planimétrica – lançada em 1944 com objetivo de proporcionar um referencial planimétrico de alta precisão e abrangência nacional, tem sido utilizada por usuários que necessitam de informações posicionais para diversos fins, como apoio ao mapeamento, demarcação de unidades político-administrativas, obras de engenharia, regulamentação fundiária, posicionamento de plataformas de prospecção de petróleo, delimitação de regiões de pesquisas geofísicas, etc. Estão disponíveis dados e informações da rede clássica (1131 estações de poligonal – EP, 3647 vértices de triangulação – VT) e da tecnologia de observação de satélites artificiais com fins de posicionamento (1491 estações GPS e 1024 estações DOPPLER).

As Estações de Densificação da Rede Gravimétrica Brasileira iniciaram as atividades em 1956 durante um projeto para o estabelecimento do datum (sistema geodésico de referência) horizontal para o Brasil. A informação gravimétrica reveste-se de primordial importância em diversas áreas geocientíficas: geodésia (estudo da forma -geóide- e dimensões da Terra), geologia (investigação de estruturas geológicas), geofísica (prospecção mineral). Estão disponíveis dados e informações de cerca de 22800 estações gravimétricas.

Informações disponíveis

Estão disponíveis no BDG dados e informações geodésicas nos sistemas SAD69 e SIRGAS2000, onde destacamos as seguintes:

– Coordenadas geodésicas de alta precisão;
– Coordenadas geodésicas de precisão;
– Coordenadas UTM;
– Altitude de precisão;
– Altitude de alta precisão;
– Descritivo de localização e acesso;
– Informações sobre a situação física dos marcos;
– Informações de municípios;
– Valor da aceleração da gravidade, anomalias etc..

Acesso ao BDG

Para consultar a página inicial do Banco de Dados Geodésicos basta acessar o portal do IBGE (www.mundogeo.com.www.ibge.gov.br), clicar em Geociências, em Geodésia e no menu à esquerda, clicar em Banco de Dados do SGB.

Principais consultas

O sistema permite visualizar e/ou recuperar as informações, inclusive graficamente, através de consultas, tais como:

– Por estação;
– Por conjunto de estações;
– Por enquadramento geográfico;
– Por município;
– Por unidade da federação, etc..

Exemplo de uma consulta

Por Estação

Nesta opção deve ser digitado o código numérico da estação correspondente à feição selecionada.

Como resultado, apresenta-se em tela um resumo sobre os dados da estação solicitada. Ao clicar no link, é apresentado o relatório da estação.

Usuários

Destacamos os seguintes usuários de dados e informações geodésicas:

– Ministério da Defesa, Transportes, Comunicações, Minas e Energia, Relações Exteriores;
– Institutos Cartográficos Nacionais e Internacionais;
– Observatório Nacional;
– Diretoria de Hidrografia e Navegação;
– Petrobrás; INPE;
– Institutos de Pesquisas Geodésicas e Geofísicas Nacionais e Internacionais;
– Universidades;
– Governos estaduais;
– Empresas privadas em geral, etc..

Antonio Carvalho Filho
Engenheiro Cartógrafo, gerente do Projeto Base de dados do SGB
carvalho@ibge.gov.br

Marcos Ferreira dos Santos
Engenheiro Cartógrafo, gerente-substituto do Projeto Base de Dados do SGB
mferreira@ibge.gov.br

Rogerio Valerio Pereira
Analista de Sistemas, supervisor-substituto do Projeto Base de Dados do SGB
rvalerio@ibge.gov.br