Por Eduardo Freitas Oliveira

A palestra especial sobre os Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS) foi uma das mais concorridas do evento. Jason Kim, coordenador do programa GPS, e Jean Chenebault, representante do Galileo, falaram sobre os programas americano e europeu. Eles explicaram os avanços tecnológicos dos sistemas de localização e as possibilidades de interoperabilidade entre eles.

Segundo Kim, a tendência é de cooperação entre os Estados Unidos e outros países. “Já temos colaboração mútua com o Brasil e posso destacar o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) como uma operação desenvolvida em conjunto pelos dois países. A tendência é ampliarmos a aplicação do sistema com as nações em desenvolvimento”, disse.

Já Chenebault apresentou o projeto de implantação do Galileo, que deve começar suas operações em 2009. “O objetivo é fazermos do já existente sistema europeu EGNOS uma rede de mais de 30 satélites. Queremos disponibilizar para o mundo sistemas integrados, em que o GPS, o Galileo e os outros existentes operem em conjunto”, analisou.

Atualmente, os sistemas de satélites que permitem a localização em diversas partes do planeta já compartilham parte dos sinais entre si. Além do americano GPS e do europeu EGNOS, existem os sistemas MSAS, desenvolvido no Japão, e o GAGAN, em fase de implantação na Índia. Com a inclusão do Galileo, que deve exercer suas atividades plenas em 2012, aproximadamente uma centena de satélites voltados para sistemas de localização devem operar simultaneamente, o que possibilitará uma grande expansão do mercado.