I Fórum de Negócios em Geotecnologias da América Latina abre visão para modernos conceitos de gestão, planejamento estratégico, marketing e negociação

Por Isabela Ferreira Sperandio

Nos dias 24 e 25 de outubro, professores do MBA da Fundação Getúlio Vargas – RJ, transmitiram aos 90 participantes do I Fórum de Negócios em Geo, avançados conceitos sobre administração de empresas e tecnologia da informação. O evento aconteceu no Hotel Blue Tree Convention Ibirapuera, em São Paulo.

A abertura, proferida por Iara Musse Felix, diretora da Intare, deu o tom do Fórum. Modelos e processos de desenvolvimento de negócios mostraram como posicionar-se em relação aos clientes e identificar suas necessidades. Suas palavras deixaram claro: é necessário o conhecimento do mercado em que se atua.

Emerson Granemann, diretor da Editora MundoGEO, e Eduardo de Resende Francisco, analista de negócios da AES Eletropaulo e presidente da Gita Brasil, explanaram sobre o perfil do mercado de geotecnologia nacional e mundial. Também foram detalhadas as tendências e o panorama do mercado de TI. Reinaldo Rolveri, analista de mercado do IDC, apresentou dados de cenários afirmando que o mercado mundial atual de TI deve beirar os US$ 1,17 trilhões, sendo o Brasil responsável por 1,4% do total, que representa uma movimentação de US$ 17 bilhões.

Em seguida, o professor Luiz Antônio Jóia explicou como integrar e alinhar a tecnologia de informação com negócios. “TI tem a ver com tudo”, foi seu argumento. Ele apresentou detalhes de gestão estratégica da informação, que “é uma abordagem gerencial que prega o questionamento e inovação de processos produtivos, usando a tecnologia da informação como meio e se apoiando fortemente no gerenciamento de mudança, para melhoria de performance da empresa (incluindo aumento de marketing share, receita e remuneração dos funcionários), buscando alcançar vantagem competitiva sustentável”.

Finalizando, Jóia propôs a seguinte reflexão: “Business não conhece geotecnologia. Geotecnologia conhece business? Esta junção é sinergia, pois os dois não são mundos paralelos. Eles se cruzam e esse cruzamento deve ser bem trabalhado para a geração de melhores resultados para ambos”.

Em seguida, Eduardo Ayrosa, detalhou a visão estratégica de marketing, mostrando que marketing vai além de propaganda e promoção: trata-se da filosofia da empresa orientada em fazer o produto ou serviço que o cliente quer, utilizando a TI para organizar seus dados e compreendê-lo melhor. Roberto Madruga, referência nacional em marketing de relacionamento, abordou o tema associado ao uso de softwares de CRM no mercado de geo.

Ele frisou a necessidade da “orientação para o cliente”, compreendendo-o e acompanhando seus desejos e necessidades. “O relacionamento é o caminho para criar fidelidade e lealdade às marcas”, afirmou. Alexandre Faria, abriu uma acalorada discussão sobre gestão estratégica de empresas e ensinou a realizar um planejamento eficiente, partindo da definição de um foco. Ele descreveu a geotecnologia como mercado emergente, sendo fundamental criar estratégias para fortalecê-la no mercado, na sociedade e no estado.

Para o fechamento, Yann Duzert apresentou conceitos e estratégias de negociação. Como quebra de paradigmas, Duzert sugeriu uma queda de braço entre os participantes na abertura da apresentação. A interpretação surpreendeu: “Se você ganhou de 1 x 0, na verdade não ganhou nada. Em negociação é melhor perder de 20 x 21 do que ganhar de 1 x 0”. A conclusão é que a negociação tem que ser cooperativa para criar valor, obter ganhos mútuos e assim, aumentar o tamanho do bolo.

A Fundação Getúlio Vargas, parceira da Intare e da MundoGEO na empreitada, também aprovou a iniciativa e já faz planos para o próximo evento em 2007.

Instituições participantes

• Ambipetro
• Atech Tecnologias Críticas
• Banco Bradesco
• Caixa Econômica Federal
• CNPq
• Cognatis
• CPQD
• Embrapa-CNPM
• Ericsson
• Funcate
• Geoconsult
• GITA Brasil
• Imagem
• INciti – Informações tecnológicas para cidades
• Instituto de Terras, Cartografia e Geociências/Diretoria de Geociências
• Microsoft
• Ministério do Meio Ambiente
• Ministério Público
• Oracle
• Portrait
• Prefeitura de São Paulo
• Santiago & Cintra
• Secretaria de Desenvolvimento Urbano
• Senografia
• Serasa
• Solidum
• TIM
• V2 Telecom
• Ventura Intelligence
• Visão Geo

Confira algumas opiniões sobre o I Fórum de Negócios em Geotecnologias da América Latina

“Acredito que o fato mais relevante do evento foi entender melhor o mercado de geo, verificar aonde estão as oportunidades de negócios e quais os caminhos para se chegar até elas. Nesse sentido, a palestra do Luiz Jóia foi fundamental, pois explicou a importância da tecnologia atrelada aos negócios, assim como a do Yann Duzert, que apresentou a estratégia de negociação do “ganha-ganha”. Tais palestras ofereceram grandes ferramentas aos profissionais do setor. Acredito que esse tipo de evento é de suma importância, uma vez que a maioria da empresas no Brasil ainda não conseguem visualizar o “pulo do gato”, ou seja, como transformar o setor de geotecnologia num setor rentável, como são os de TI e de Telecomunicações.”
Fernando Augusto Salla
Desenvolvedor de projetos da Atech Tecnologias Críticas

“O evento me surpreendeu pela profundidade dos temas e pelo alto nível e profissionalimso dos palestratres.”
Eduardo Oliveira
Diretor da Santiago & Cintra

“O evento atingiu seu objetivo, já que reunimos executivos de grandes empresas públicas e privadas. Pela avaliação que tivemos dos participantes ainda durante o evento, percebemos que o Fórum foi importante por provocar reflexões sobre a integração de GIS e TI e sobre uma nova forma de pensar as relações de negócios no setor”.
Emerson Granemann
Diretor da MundoGEO

“O Fórum ofereceu e compartilhou com o mercado importantes resultados de um projeto idealizado pela Intare, que junto com a MundoGEO visa discutir conceitos de Gestão e Negócios, integrando conhecimento e compartilhando experiências que criam valor para futuros cenários de negócios do mercado de Geotecnologia e TI.”
Iara Musse Félix
Diretora da Intare