O sistema Deter apontou em agosto 756 km2 de desmatamento na Amazônia Legal. Deste total, 435 km2 no Pará e 229 km2 no Mato Grosso. É mais que o dobro de julho, porém menos que o registrado nos meses de junho, maio e abril, este o pior de 2008.

A ferramenta de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apóia a fiscalização. Os números, que consideram áreas que sofreram corte raso (desmate completo) ou degradação progressiva, devem ser analisados em conjunto com os dados sobre a ocorrência de nuvens, que impedem o monitoramento por satélite.

Em agosto, 74% da Amazônia Legal pôde ser vista, porém ficaram encobertos 99% do Amapá e 77% de Roraima. O Mato Grosso ficou livre das nuvens em agosto, enquanto o Pará teve 24% de sua área encoberta.  Esta cobertura é para o conjunto de imagens Modis, que foram utilizadas no estudo.

Com imagens dos satélites Landsat e Cbers, que apresentam melhor resolução espacial (20 e 30 metros), o Inpe faz a qualificação dos dados do Deter, que usa sensores cuja baixa resolução (250 metros). O Relatório de Avaliação, disponível no site www.obt.inpe.br/deter, mostra que 89% das áreas apontadas pelo Deter foram confirmadas como desmatamento.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Inpe