Se você ainda não está trabalhando em uma “nuvem”, pode estar certo que um dia ainda vai realizar projetos em ambientes totalmente online. Segundo Pablo Caldas, diretor da agência Full Haus, “quando o seu trabalho vai para a nuvem, o céu é o limite".

O conceito baseia-se na idéia de que softwares, plataformas e infraestruturas de dados podem ser vendidas e utilizadas como serviços online. Isso pode ser aplicado também a informações geoespaciais, com todas as bases de dados, softwares e serviços rodando na “nuvem” da internet.

Dessa forma, não é preciso comprar um software de geoprocessamento e salvar todos os mapas e imagens em um disco rígido, mas utilizar essas aplicações diretamente na internet. A mesma regra vale para empresas, que podem alugar data centers remotos e levar todo o seu servidor de mapas para a rede.

Tanto para o usuário doméstico quanto para as empresas, os benefícios são muitos. Além de acessar os dados a partir de qualquer lugar com conexão à internet, é possível contar com estruturas de segurança, backup e recuperação que muitas vezes têm custos proibitivos para pequenas e médias empresas. Além disso, todos os custos com instalação, implementação e manutenção deixam de existir.

Web 2.0

As redes colaborativas também deram sua contribuição para a migração do escritório para a “nuvem”. Afinal, por que não utilizar uma rede colaborativa para estimular a comunicação entre os trabalhadores de um projeto e organizar o fluxo de trabalho? Aliando tudo isso aos softwares como serviço e informações online, o trabalho pode acompanhar o profissional onde quer que ele esteja.

O chefe de tecnologia do Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês), Carl Reed, há algum tempo fez comentários sobre o termo “geocloud”. Para ele, a geocloud seria um passo à frente em relação à computação em grade e à arquitetura orientada a serviços. Ainda segundo Carl Reed, para que a geocloud funcione corretamente é necessária a definição de padrões, o que é uma das atribuições do OGC.

10 bilhões de dólares

Esse é o tamanho do mercado dos softwares como serviço. Segundo a consultoria Gartner, somente em 2009 esse mercado deve atingir uma receita de 9,6 bilhões de dólares. Além disso, até 2013 os investimentos nesse setor devem chegar a 16 bilhões de dólares.

Após a crise, a venda de softwares como serviço deve crescer cada vez mais, já que as companhias estão buscando por alternativas baratas e enxutas. Os fatores para esse crescimento são, além da crise e verbas mais curtas, a adoção do modelo on-demand, já que a infraestrutura de TI de uma empresa não precisa crescer fisicamente para absorver novos projetos.

O Gartner aponta que, embora o mercado esteja em expansão, o crescimento é maior em determinadas áreas que demandam por aplicações horizontais, como processos, equipes de trabalhadores remotos e na web 2.0.

Dentre os fatores que podem atrapalhar a adoção de software como serviço estão as preocupações dos executivos com a proteção dos dados, dúvidas sobre a longevidade dos fornecedores, além de recursos escassos para investimento.

Segundo o Gartner, as companhias devem identificar se as despesas com assinatura, treinamento, customização e integração são favoráveis, para então decidir se os softwares como serviço são realmente a melhor escolha.