O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza a partir desta quarta-feira (26/6), no seu portal na Internet, o Relatório sobre Cobertura e Uso da Terra no Estado do Pará, que traça um diagnóstico e faz uma análise do contexto atual do espaço geográfico paraense, assim como as tendências da ocupação dessa porção do território brasileiro.

Cobertura e Uso da Terra no Estado do Pará
Cobertura e Uso da Terra no Estado do Pará

O Relatório sobre Cobertura e Uso da Terra no Pará apresenta os resultados do mapeamento e dos levantamentos de campo e escritório, hierarquizados a partir de um sistema de classificação que prevê cinco categorias de cobertura e uso da terra: áreas antrópicas não agrícolas (urbanas, mineração etc,); áreas antrópicas agrícolas; áreas de vegetação natural, água e outras áreas.

Com base nesses procedimentos, o documento faz uma análise sintética dos tipos de uso da terra mais representativos do estado do Pará, mostrando, por exemplo, que a pecuária e o extrativismo vegetal ocupam as maiores áreas de uso. A pecuária se distribui com certa concentração ao longo das Mesorregiões Geográficas Nordeste e Sudeste do estado, bem como das principais rodovias do setor nordeste/sudeste; e no tradicional eixo de ocupação do rio Amazonas, desde o município de Faro até o município de Monte Alegre.

Em relação às áreas agrícolas, as lavouras temporárias, quase sempre em associação com a pecuária e/ou extrativismo, se destacam no nordeste do estado, nos platôs de Santarém (soja) e no vale do baixo rio Tocantins e rio Pará. Já as lavouras permanentes, como o dendê, pimenta-do-reino e coco, ocorrem notadamente também na Mesorregião Nordeste, enquanto o cacau predomina na região da Rodovia Transamazônica (BR-230), cuja área produtora é conhecida como Polo Cacaueiro da Transamazônica.

Outras importantes formas de utilização da terra no Pará são a silvicultura (cultivo de florestas plantadas), cujas maiores expressões espaciais localizam-se nos municípios de Goianésia do Pará, Paragominas e Dom Eliseu; e a mineração, de alto valor econômico para o PIB estadual. Esta última está representada pelos complexos industriais de minerais metálicos como o ferro, o cobre e o níquel em Carajás; expressivos depósitos de bauxita na Mesorregião do Baixo Amazonas (município de Oriximiná) e na Mesorregião Nordeste (município de Paragominas); a mineração de ouro, principalmente na bacia do rio Tapajós, na Mesorregião Sudoeste; e de minerais não metálicos, representada pelas importantes reservas de cal na Mesorregião Nordeste, pelas minas de calcário que ocorrem na Mesorregião Sudoeste e pela extração de areia distribuída na Mesorregião Metropolitana de Belém e na Mesorregião Nordeste.

Também é importante destacar a forte presença de áreas especiais (terras indígenas e unidades de conservação) ocupando praticamente todo o território nas partes centro/noroeste/sudoeste do estado e arquipélago de Marajó.

Fonte: IBGE