No dia 23 de abril de 2013 foi criado o Instituto Brasileiro de Empresas de Geomática e Soluções Geoespaciais (IBG), em uma reunião realizada em São Paulo (SP). Na ocasião, 17 empresas assinaram o acordo para fundar o Instituto, que tem o objetivo de criar uma indústria competitiva, sustentável, ética e socialmente responsável.

Atualmente o Instituto conta com 25 empresas associadas. Veja a seguir uma entrevista com Leonardo Barros, Diretor da HEX – a mais nova empresa associada ao IBG – sobre suas expectativas em relação ao Instituto Brasileiro de Geomática.

IBG: Por que sua empresa decidiu se associar ao IBG?
Leonardo Barros: A HEX é uma empresa focada exclusivamente nos temas de geoprocessamento e sensoriamento remoto e, por isso, consideramos importante o nosso engajamento junto a uma entidade que represente especificamente os assuntos do interesse deste setor. O IBG no Brasil é a entidade que se propõe a representar especificamente a nosso segmento.

IBG: Quais devem ser as prioridades do Instituto?
LB: Acreditamos que o IBG deve primar pelo valor da especialização nas áreas temáticas abrangidas pelo Instituto, a fim de diferenciar as empresas e os seus respectivos times de profissionais que se dedicam e investem no setor, tendo em vista que é extremamente importante que as empresas estabelecidas no Brasil tenham condição de continuar investindo nas suas áreas de especialização e capacitação de seu corpo técnico. Somente assim conseguiremos ter no Brasil um conjunto de empresas realmente diferenciadas e capazes de competir em pé de igualdade com empresas provenientes de outros países.

IBG: Como o IBG pode ajudar o mercado de geomática a crescer de forma sustentável?
LB: Promovendo o fortalecimento das empresas do setor, atualmente caracterizado em sua maioria por empresas de pequeno e médio porte. Na medida em que o IBG consiga convergir as respectivas forças e diferenciais de cada empresa, na tentativa de coordenar os direcionamentos destas, em vez de simplesmente concorrerem entre si. Existe espaço no mercado para todas e ainda para novas empresas especializadas. Somos um mercado em sua fase inicial.

IBG: Quais as vantagens para o Brasil em ter um grupo mais forte de empresas do setor de Geomática?
LB: O Brasil é tradicionalmente um país consumidor de tecnologia originária de outros países, notadamente dos EUA. Sendo assim, é importante que a nossa indústria se insira nos fluxos internacionais da Indústria de Tecnologia, de forma a equilibrar a “Balança”. A iniciativa individual de uma empresa, de maior ou menor porte, dificilmente será bem sucedida; a organização e o consequente fortalecimento do setor é fundamental para progredirmos neste cenário e deixarmos de ser exclusivamente consumidores de tecnologia, para gerarmos tecnologia para exportação. Isto é importante não somente para as empresas, mas para a sociedade brasileira como um todo! Precisamos ter cada vez mais espaço para influenciarmos no estabelecimento de padrões.

Para mais informações, acesse a página www.ibgeo.org, ou entre em contato com Bruno Born, gerente-executivo do IBG: contato@ibgeo.com / (41) 3338-7789.