O Grupo de Observação da Terra (GEO) teve aprovada por unanimidade a proposta de prosseguimento das atividades por mais dez anos. A decisão foi tomada durante sua 10ª Sessão Plenária e a 3ª Reunião Ministerial, em Genebra, de 15 e 17 de janeiro. O GEO é formado por 90 países, a Comissão Europeia e mais 77 organizações do mundo.

O novo plano decenal contemplará ações que, até 2025, devem auxiliar políticas públicas nas áreas de agricultura, biodiversidade, clima, desastres, ecossistemas, energia, saúde e água.

Fundada em 2005, a organização intergovernamental trabalha pelo compartilhamento de dados obtidos a partir das tecnologias para observação da Terra, como o sensoriamento remoto por satélites. O objetivo é garantir o acesso a informações capazes de melhorar o uso da terra, a observação dos oceanos, as previsões de desastres naturais, entre outras aplicações em benefício da ciência e da sociedade.

O Brasil foi um dos primeiros participantes do GEO. O Brasil foi o primeiro a liberar dados orbitais de média resolução. A iniciativa liderada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) disponibilizou gratuitamente informações captadas pelos equipamentos do Programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBers) em 2004.

As informações globais estão disponíveis no GEOSS Portal. “O GEOSS é uma ferramenta essencial para fornecer informações globais de qualidade para a tomada de decisões em benefício da sociedade”, declarou a embaixadora Regina Maria Dunlop, chefe da delegação brasileira em Genebra. O site conta com mais de 1,2 milhão de dados e recursos abertos de observação da Terra.

Para o diretor do Inpe, Leonel Perondi, o Brasil deve se manter empenhado em fornecer dados de observação da Terra relevantes para estratégias ambientais e continuar os esforços para capacitar outros países a utilizar tecnologias de monitoramento por satélite. “O país está empenhado na implementação de GEOSS e demonstrou claramente, em várias oportunidades, o seu compromisso com o princípio de livre acesso a dados de observação da Terra”.

GEO Brasil

O diretor do Inpe ressaltou que o Brasil pretende aumentar a participação no GEO durante os próximos dez anos. Em 4 fevereiro, o instituto realizará um workshop para identificar em quais áreas pode fortalecer atuação no GEO. “Pretendemos fortalecer essa iniciativa, que deve permitir um maior envolvimento de especialistas brasileiros nas atividades do GEO”, disse Leonel Perondi.

Participarão do workshop pesquisadores e especialistas envolvidos com estudos e projetos em áreas como sensoriamento remoto, clima, mudanças ambientais, uso da terra, geoprocessamento, entre outras.

Mais informações sobre o GEO no site http://earthobservations.org

Fonte: Inpe