Artigo apresenta os desafios no armazenamento das nuvens de pontosPor Rovane Marcos de França

A nuvem de pontos, após o seu registro, é composta muitas vezes por alguns milhões de pontos, variando a quantidade em função do detalhamento necessário, assim como da extensão do trabalho. Mas como os arquivos de nuvem de pontos são vetoriais (pontos em X,Y,Z), o tamanho do arquivo em Bytes depende exclusivamente da quantidade de pontos e de suas informações adicionais. Uma nuvem com 1 milhão de pontos numa obra de terraplenagem com 2 hectares terá praticamente o mesmo tamanho em Bytes que uma nuvem com 1 milhão de pontos num equipamento industrial de 4 metros quadrados.

Como sabemos, quanto maior o tamanho dos arquivos, maior será a exigência de hardware e software para o seu processamento, tratamento, importação, exportação e armazenamento. Por este motivo, os fabricantes de equipamentos e também os desenvolvedores de softwares de Laser Scanner vêm desenvolvendo formatos próprios de arquivos com compactação para ocupar menos memória RAM e também menos memória em disco, para melhorar a trabalhabilidade da nuvem de pontos.

A limitação de hardware, tanto para armazenamento quanto para processamento, hoje é uma realidade. Enquanto nos últimos anos os equipamentos de Laser Scanner 3D terrestre aumentaram a frequência de coleta de alguns milhares de pontos por segundo para 1 milhão de pontos por segundo, os computadores continuam como padrão sendo comercializados com discos rígidos lentos e ainda pequenos para armazenar tanta informação. Os arquivos de nuvem de pontos são gigantes e que os fabricantes vêm desenvolvendo formatos proprietários de arquivos para ganhar em performance e, logicamente, buscar fidelidade ao uso de seu software.

A exportação de dados de um formato para outro pode ser um verdadeiro pesadelo, pois além de exigir hardware robusto, consome um tempo precioso de profissionais que devem ser qualificados para tratamento destes dados. A virada de noite de um computador trabalhando numa exportação é atividade rotineira para quem faz registro das cenas num software e extrai informações em outro.

Mas porque exportar de um software para outro software? A resposta é porque os sistemas de processamento e de tratamento de nuvem de pontos não são autossuficientes, com alta produtividade em todas as necessidades de extração de dados.

Este artigo é parte da MundoGEO 76, edição da revista que já está disponível publicamente no Portal MundoGEO. Acesse e veja os artigos “Laser Scanner 3D – Parte 1” e “Laser Scanner 3D – Parte 2” gratuitamente na íntegra.