No Anuário 2015 de Geomática e Soluções Geoespaciais, 14 empresários apresentam, com mais de 60 empresas, um conjunto muito rico de visões para quem quer entender melhor o setor e saber o que pode ser feito para nosso país crescer muito mais e levar junto o setor geoespacial. As opiniões se dividem, entre outros pontos, em criticar a excessiva carga de impostos para equipamentos e serviços, a arcaica legislação do setor de mapeamento e a demora no lançamento de regras para o uso de Drones para fins comerciais.

Propondo uma reflexão, o Anuário 2015 destaca a forma de contratação pública de serviços especializados a partir de análises predominantemente ligadas a preços e distantes da questão da qualidade e garantia da conclusão do trabalho no prazo contratado. Um ponto citado pela grande maioria dos empresários está relacionado às constantes decepções com o ainda baixo investimento governamental nos projetos de infraestrutura. Muitos usaram números para comprovar não só a demanda reprimida mas também a falta de educação qualificada.

Tudo isso provoca uma baixa produtividade nos projetos ligados a infraestrutura, pois não se investe na atualização profissional e nos novos lançamentos tecnológicos. Desta forma, fica difícil de produzir melhor, otimizar prazos e gastar menos na execução dos projetos, situações que seriam possíveis caso os investimentos em tecnologia fossem feitos pelos que executam e monitoram as obras.

Finalmente, houve também ponderações sobre a inexistência de pesquisas de mercado que forneçam dados do setor, tanto de demanda quanto de oferta, além do desconhecimento do índice de empregabilidade do setor geoespacial. Esta falta de informações contribui para uma baixa força política do setor, quando há necessidade de reivindicações junto ao Governo e suas agências de controle.

Neste Anuário, além dos depoimentos dos empresários e da lista de empresas, estão disponíveis alguns resultados de enquetes elaboradas pelo Instituto GEOeduc, criado em 2014 com foco em educação online e pesquisas do setor. Vários empresários citaram que o Brasil necessita de lideranças – nos níveis municipal, estadual e federal – que pensem no futuro com uma visão estratégica e ampla, a fim de beneficiar toda a sociedade, e que não mantenham visões partidárias e ideológicas curtas, que garantem benefícios a curto prazo apenas para minorias.

Acesse agora o Anuário 2015 de Geomática e Soluções Geoespaciais, disponível online para folhear: Anuário MundoGEO 2015