Tudo indica que a nova regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a nova instrução do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) para operações com os veículos aéreos não tripulados (Vants), mais conhecidos como Drones, começará a valer a partir do início de 2016.

Passada esta etapa, começa de fato uma nova fase para a comunidade do setor que atua profissionalmente. Uma parte importante deste processo é a atividade de pilotagem, que possui dois aspectos relevantes. O primeiro é a garantia de segurança da operação relacionada às pessoas envolvidas ou não e o patrimônio de terceiros, seguindo as normas legais. Neste aspecto, aguarda-se em breve a divulgação pela Anac das condições que os pilotos de drones terão que atender para operações além de 120 metros de altura e além da linha de visada. Relembrando que operações inferiores a este limite devem ser executadas com extrema atenção, mesmo não se exigindo legalmente a licença e habilitação do piloto.

A segunda parte relacionada à pilotagem é a habilidade visando o planejamento e execução da missão com sucesso. Esta segunda etapa vai garantir a produtividade, qualidade dos dados obtidos e a segurança do equipamento e da
tecnologia embarcada.

Outro fator importante é o conhecimento por parte do prestador de serviços sobre o melhor tipo de sistema para determinada aplicação. Entendendo-se o sistema formado pelo drone, sensor, sistema de navegação, comunicação e solução de processamento dos dados coletados. Muitas aplicações vão além das imagens, por mais completas que sejam. Modelos de dados 3D e dados georreferenciados são fundamentais para aplicações na agricultura, por exemplo. Especial atenção deve ser dada para as possibilidades de rápida manutenção dos drones adquiridos.

Para quem for produzir imagens de alta definição para publicidade, mercado imobiliário, TV, turismo, esporte, aventura e eventos em geral, é importante conhecimentos relacionados a fotografia e cinema, como enquadramento, luminosidade e muita criatividade artística.

Para quem vai trabalhar na área de engenharia, mapeamento e agricultura, a sugestão, além de estudar muito bem as necessidades do cliente, é fazer cursos de cartografia, georreferenciamento e processamento de dados para entender melhor como fazer o plano de voo, controlar a missão e executar as correções necessárias
nas imagens.
Agora é só fazer o seguro exigido pela Anac dos equipamentos e voar.

As janelas de oportunidades deste setor estão se abrindo, e existe muita demanda reprimida a ser atendida no presente e muitas mais a serem exploradas a curto, médio e longo prazo.

Boa sorte aos que encararem estes desafios de empreender no mercado de Drones. Sugestão final: ajam com profissionalismo, valorizem seus serviços e contem com a MundoGEO e o projeto DroneShow para ajudar este mercado recém-nascido a crescer com força, consistência e sustentabilidade.

Emerson Zanon Granemann
Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do MundoGEO
emerson@mundogeo.com