Um foguete colocou em órbita quatro novos satélites do sistema global de posicionamento e navegação Galileo, uma iniciativa de União Europeia com o objetivo de ser uma opção ao norte-americano GPS e o russo Glonass

A empresa Arianespace lançou com sucesso a missão Galileo FOC-M6, que colocou em órbita quatro novos satélites de navegação Galileo, às 13:06:55UTC da última quinta-feira (17/11) a bordo de um foguete Ariane-5ES (L594).

Esta  foi a primeira vez que um foguete Ariane-5 foi usado para colocar em órbita satélites do sistema Galileo. Todos os lançamentos anteriores foram levados a cabo por foguetes russos.

Foram postos em órbita os satélites Galileo-FOC FM07 (Antonianna), Galileo-FOC FM13 (Kimberley), Galileo-FOC FM14 (Tijmen)e Galileo-FOC FM12 (Lisa), com peso total de 2.865 quilos. Os satélites FOC do Galileo fornecem os mesmos recursos que os satélites IOV anteriores, porém com um melhor desempenho e maior potência de transmissão.

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Tal como definido pela Comissão Europeia, o objetivo do Galileo é oferecer um pacote de serviços incluindo um serviço público livre, um serviço público criptografado regulado e uma função de busca e salvamento. A capacidade do sistema completo está prevista para entrar em vigor em 2020.

Por dentro do sistema de navegação Galileo

Os primeiros elementos orbitais do sistema de navegação europeu foram constituídos por quatro satélites que fizeram parte da fase In-Orbit Validation (IOV), que foi o núcleo operacional do Galileo e  provaram que os satélites e o elemento em solo cumpriam os requisitos do sistema e validaram o desenho do mesmo antes da finalização e do lançamento do restante da constelação.

Os novos satélites FOC são fabricados pela OHB-System (plataforma) e pela SSTL (carga). Com dimensões de 2,5 x 1,2 x 1,1 metros e com uma envergadura em órbita de 14,67 metros, seu tempo operacional é de 12 anos.

O programa Galileo vai dar à União Europeia independência a partir de seu próprio sistema de navegação para apoio a múltiplas aplicações, permitindo à Europa lidar com os desafios estratégicos, econômicos, industriais e sociais inerentes ao rápido crescimento das tecnologias espaciais de posicionamento e tempo.