Por Guilherme Barroso e Murilo Oliveira

O constante avanço das tecnologias na produção de componentes cada vez menores, mais rápidos e mais eficientes, aliado a novos modelos de negócio e atuação inovadora vem transformando rapidamente o mercado geoespacial.

A Planet, empresa de atuação global que constrói e opera a maior constelação de satélites de observação da Terra do mundo, representa a prova mais consistente desta tendência do mercado geoespacial.

A Planet monitora continuamente a Terra, utilizando para isso a tecnologia dos nanossatélites, que englobam tanto o aprimoramento de satélites cada vez menores e com maior capacidade operacional, como as tecnologias de comunicação, recepção, processamento e disponibilização.

Com um número já impressionante de 63 satélites em órbita hoje e com 150 satélites previstos para estar em operação após os novos lançamentos até o final de 2017, a Planet disponibilizará coberturas diárias da Terra a partir de 2017.

A Planet é representada pela Santiago & Cintra Consultoria – SCCON, única empresa autorizada para distribuição e comercialização dos produtos e imagens Planet no Brasil.

A SCCON busca neste artigo compartilhar com os usuários do Brasil, essa inovação que tem aplicação em diversos segmentos, setores e mercados como: Governo, Meio Ambiente, Agricultura, Florestas, Energia, Utilities, Defesa e Inteligência, Empresas de Tecnologia, Universidades e Institutos de Pesquisa.

A Planet nasceu na região do Vale do Silício, São Francisco, EUA, em 2010 por engenheiros da NASA, com a visão de construir nanossatélites com capacidade de adquirir imagens contínuas da Terra, e em 2013 fizeram grandes investimentos para tornar viável a operação Planet para a cobertura de todo o globo terrestre.

A forte bagagem de conhecimento científico dos fundadores da Planet lhe conferiu, desde o início, o caráter de empresa inovadora e com alta capacidade tecnológica, criando um conceito de aprimoramento constante chamado Agile Aerospace, combinando o conhecimento ágil do setor de Tecnologia da Informação com os conceitos de Engenharia Aeroespacial, que associados aos investimentos realizados na empresa fazem da Planet a empresa de maior capacidade de monitoramento do mundo.

Os nanossatélites construídos e operados pela Planet têm dimensões menores que os satélites tradicionalmente em operação, pois utilizam o que há de mais avançado em microtecnologia. Umas das vantagens, como bem descreve Will Marshal, Presidente da Planet, é o custo de lançamento. Diferente de outras empresas do ramo, que usam um único foguete para lançar um único satélite, a Planet consegue lançar dezenas de satélites de só uma vez.

Os primeiros lançamentos tiveram início em 2014 e já em 2015 o número de satélites em órbita dobrou, modificando para sempre o mercado de sensoriamento remoto orbital.

Ainda em 2015, visando interagir com a maior comunidade de usuários de imagens de satélite do mundo, a Planet adquiriu a BlackBridge e passou a ter em seu portfólio também com os satélites da constelação RapidEye, operando também a segunda maior constelação mundial de satélites imageadores de alta resolução.

“A realidade de imageamento diário já previsto para 2017, somada ao vasto acervo das imagens RapidEye adquiridas desde 2009, acessado facilmente em uma API web são fatores fundamentais no direcionamento de novas ações relacionadas ao monitoramento e gestão mais eficazes para setores importantes como Agricultura e Meio Ambiente”, destaca Murilo Oliveira, Diretor de Desenvolvimento de Produtos e Soluções da Santiago & Cintra Consultoria.

Desde 2009, a SCCON tem atuado no mercado brasileiro liderando com inovação técnica e em seu modelo de negócios a distribuição e comercialização de imagens de satélite, a partir do lançamento da primeira constelação de satélites de observação da Terra, formada pelos cinco satélites RapidEye.

As imagens Planet são obtidas por sensores óticos, gerando imagens multiespectrais obtidas na região do visível (azul, verde e vermelho) e infravermelho, com resolução radiométrica de 12 bits e são ortorretificadas com 3,1 metros de resolução espacial.

Um comparativo de modelos de imageamento da Terra

Para adquirir imagens Planet não são necessários pedidos de programação para a aquisição de imagens novas, uma vez que os satélites estão sempre adquirindo imagens de forma automática e contínua. Basta uma assinatura ou um contrato continuado de aquisição e disponibilização em plataformas web.

O modelo Planet adiciona uma nova forma de aquisição de imagens de uma cobertura, que representa a contratação de um tempo de acesso a uma Plataforma Web (Planet Explorer), para acesso ágil a todas as imagens coletadas.

Interface gráfica da Plataforma Planet, que também é uma API de acesso via programação, possibilitando integração com sistemas de processamento corporativo.
Interface gráfica da Plataforma Planet, que também é uma API de acesso via programação, possibilitando integração com sistemas de processamento corporativo.

Como funciona o novo modelo

A Planet desenvolveu a sua própria rede global de estações terrestres para apoiar as operações espaciais no recebimento de dado de imagens. Cada estação em terra é composta de um sistema de radiofrequência, juntamente com um servidor em computador local, conectado via conexão segura (VPN) para centralização dos serviços. Os arquivos de imagens são transferidos de um grupo de servidores de estação local para o serviço da Amazon (Amazon Web Service – AWS) para a ingestão de processamento e distribuição de dados.

Arquitetura de recepção e processamento de imagens Planet, em operação para disponibilização de imagens em até 24 horas após sua coleta
Arquitetura de recepção e processamento de imagens Planet, em operação para disponibilização de imagens em até 24 horas após sua coleta

Imagens de Satélite Planetscope

Plantação de cana de açúcar afetada pela geada ocorrida esse ano entre as datas 08/06 (imagem 1) e 12/07 (imagem 2) desse ano – São Carlos/SP
Plantação de cana de açúcar afetada pela geada ocorrida esse ano entre as datas 08/06 (imagem 1) e 12/07 (imagem 2) desse ano – São Carlos/SP
Evolução das Fases do cultivo do trigo – monitoramento feito com imagens Planet em 3 meses distintos – São Luiz Gonzaga/RS
Evolução das Fases do cultivo do trigo – monitoramento feito com imagens Planet em 3 meses distintos – São Luiz Gonzaga/RS

Ganhando espaço no mercado

As imagens Planet têm sido fortemente utilizadas por importantes agências e organizações em todo o mundo que demandam alta capacidade de recobrimento com alto nível de precisão e qualidade. Dentre os principais clientes globais da Planet, destaca-se a National Geospatial-Intelligence Agency (NGA) dos USA, instituição extremamente rigorosa quanto à adoção de tecnologias geoespaciais para fins de monitoramento e mapeamento, que assinou recentemente contrato para monitoramento contínuo de várias áreas específicas localizadas em vários países de todo o globo terrestre.

Os setores de meio ambiente e agricultura também são fortemente favorecidos pelas soluções Planet. Com o volume de dados gerados por dia é possível acompanhar plantações e monitorar o calendário agrícola de culturas como soja, milho, cana-de-açúcar, trigo, dentre diversas outras.

Para a área de meio ambiente, as contribuições do uso das imagens Planet são imensas e deverão modificar completamente o atual modelo de monitoramento e gestão ambiental contribuindo de forma eficaz com as atividades de licenciamento, monitoramento, fiscalização e controle do desmatamento ilegal.

Iara Musse Felix, Diretora Executiva da SCCON com Will Marshall, Co-founder e CEO e Andy Wild, C.R.O durante Encontro Internacional da Planet em São Francisco, em outubro de 2016
Iara Musse Felix, Diretora Executiva da SCCON com Will Marshall, Co-founder e CEO e Andy Wild, C.R.O durante Encontro Internacional da Planet em São Francisco, em outubro de 2016
Iara Musse Felix, Diretora Executiva e Eduardo Oliveira, Presidente da SCCON, com o satélite Dove em tamanho real, durante o Encontro Internacional da Planet em São Francisco - Califórnia, em outubro de 2016

A equipe da SCCON está preparada para atender às demandas específicas dos usuários de imagens de satélite de acordo com a necessidade de cada projeto

Guilherme Barroso
Desenvolvimento de Negócios. MSc. Tecnologia da Informação Geográfica

Murilo Oliveira
Diretor de Desenvolvimento de Produtos e Soluções da Santiago & Cintra Consultoria

SCCON: Rua Vieira de Morais, 420, 12º andar. Campo Belo. São Paulo – SP.
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