Por Sylvio Mode*

Enquanto o Brasil caminha a passos lentos dentro da chamada quarta revolução industrial (ou indústria 4.0), do Japão já surge um novo conceito absolutamente revolucionário de Sociedade 5.0 – que passa pela compreensão de que tudo no futuro estará conectado. A sociedade terá que se adaptar a essa realidade para sobreviver. Estamos falando aqui em um futuro em que as entregas serão feitas por drones e os caminhões autônomos serão realidade, entre outros.

Mas, para voltarmos à nossa realidade, o que temos neste momento é uma indústria 4.0, que vem ganhando força nos últimos anos e, de certo modo, contribuindo para o avanço dos sistemas industriais de produção com a implementação de uma tecnologia mais inteligente e colaborativa.

Até chegarmos aqui, passamos por importantes transformações históricas que dependeram basicamente de inovações e tecnologia. A revolução industrial massificou a produção com a adoção de máquinas em substituição à produção manual. Então vieram a eletricidade e novas fontes de energia que impactaram principalmente em novas formas de produção. A terceira, a qual ainda vivemos, ganhou destaque com os avanços tecnológico, em especial, com a chegada da inteligência artificial.

Hoje vivemos uma era de velocidade, agilidade na informação e a inovação sem precedentes. Centrados nesta nova realidade, modelos de negócios da indústria 4.0 atribuem grande importância à criação de valor a partir de big data e colocam os clientes em foco, com a utilização de todas as ferramentas e recursos para potencializar os resultados, vencer a concorrência, ganhar mercado e otimizar resultados.

Recentemente a Fiesp divulgou uma pesquisa que mostrou o grau de conhecimento das empresas industriais sobre o tema Indústria 4.0. Entre as 222 corporações entrevistadas, 154 (68%) já ouviram falar no termo e 90% acreditam que estas práticas podem aumentar a produtividade industrial. Além disso, 90% afirmam que a novidade é uma oportunidade, e não um risco. Ótimo resultado. Mas, como de fato “ouvir falar” ou “acreditar” está muito aquém de “realizar”. Afinal o que falta para colocar em prática?

A adoção de tecnologias na Indústria 4.0 pode trazer benefícios nas mais variadas áreas dentro de uma indústria, passando pela produção, controle de processos, rastreabilidade, controle de qualidade, planejamento, até o desenvolvimento de novos produtos. A modelagem 3D e a virtualização são duas ferramentas bastante usada para simulações de produtos, melhorando protótipos, por exemplo, de forma muito mais ágil e barata.

Os principais pilares estão baseados em tecnologias como big data, internet das coisas e segurança. Enquanto a análise de dados permite que um volume muito grande de dados seja lido e examinado, a internet das coisas facilita e amplia as interações entre os humanos e dispositivos tecnológicos dentro das empresas. Em paralelo, a segurança garante que não haja falhas de transmissões na comunicação entre máquinas, sistema, dispositivos e pessoas.

A indústria 4.0 é um importante caminho para ganhar competitividade. O primeiro passo é analisar o nível de maturidade da empresa em relação a transformação digital. Como ponto de partida para qualquer projeto, é preciso mapear o que já existe e onde se quer chegar. Ter metas claras, que priorizem resultados, sem esquecer o alinhamento com a cultura organizacional e estratégia geral da companhia.

Para quem acha que a indústria 4.0 vai acabar com empregos, especialistas acreditam que isso não irá acontecer: cada vez mais as indústrias precisarão de profissionais qualificados e capacitados, e com líderes que impulsionem o crescimento do time.

*Sylvio Mode, presidente da Autodesk no Brasil

Imagem: Pixabay

Fóruns de Empresários de Geotecnologia e Drones

No dia 7 de novembro será realizada a sexta edição do Fórum Empresarial de Drones e no dia 8 de novembro a segunda edição do Fórum Empresarial de Geotecnologias, dentro da programação do DroneShow Plus 2018, em em São Paulo (SP).

Estes Fóruns apresentam uma continuidade da sequência de encontros da comunidade empresarial, promovidos pela MundoGEO, que acontece desde 2016.

Neste ambiente serão discutidos também novos modelos de negócios, conhecidas as novas demandas do mercado e promovidas cooperações entre as empresas dos setores de drones e geotecnologia.

O moderador do 6º Fórum Empresarial de Drones e do 2º Fórum Empresarial de Geotecnologia será Emerson Granemann, Fundador da MundoGEO, idealizador das feiras DroneShow e MundoGEO#Connect.

Conheça a programação detalhada e garanta sua vaga no DroneShow PLUS