Produto é voltado para estudantes, pesquisadores, gestores públicos e terceiro setor. Mapas estão na Plataforma Geográfica Interativa do IBGE, que permite acrescentar e manipular camadas de informações

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza hoje (19/12), um conjunto de 52 pranchas, na Plataforma Geográfica Interativa, que integram o caderno temático Geografias da Agropecuária Brasileira – Uma Visão Territorial dos Resultados Preliminares do Censo Agropecuário 2017.

Cada prancha traz mapas sobre temas pesquisados nos Censos de 2006 e 2017, acompanhados por gráficos e textos explicativos. O produto é voltado para estudantes, pesquisadores, gestores públicos e terceiro setor.

O caderno temático faz parte da atualização anual do Atlas Nacional Digital do Brasil 2018 e pode ser acessado aqui.

Este caderno temático traz um conjunto de 151 mapas e 135 gráficos elaborados a partir dos dados preliminares do Censo Agropecuário 2017 (divulgados em julho e disponíveis aqui).

Os mapas incluem a localização de todos os estabelecimentos agropecuários, bem como a distribuição geográfica dos principais produtos agrícolas (soja, milho, cana de açúcar, café, arroz, feijão e mandioca).

Os mapas estão na Plataforma Geográfica Interativa do IBGE, que permite acrescentar e manipular camadas de informações como, por exemplo, a malha das rodovias e ferrovias.

Também é possível recortar os dados do Censo Agro 2017 para regiões específicas, como a Amazônia Legal ou o Semiárido.

Os mapas comparam as informações dos censos agropecuários de 2006 e 2017, mostrando fenômenos como o avanço da fronteira agrícola na região Norte, o aumento no número de estabelecimentos que utilizam agrotóxicos e a ampliação do acesso à internet, por exemplo.

Os mapas trazem, ainda, a distribuição geográfica dos estabelecimentos agropecuários segundo a sua faixa de tamanho, além da escolaridade, a idade, e a cor/raça do (a) produtor(a).

A análise geográfica dos dados preliminares do Censo Agropecuário 2017 aponta que, em relação à distribuição dos estabelecimentos agropecuários, dois casos ilustram tendências quase simétricas: Ceará e Rio Grande do Sul. No primeiro caso, houve retração da área ocupada por estabelecimentos agropecuários. Em 2006, 53,0% do território do estado eram ocupados por estabelecimentos, enquanto, em 2017, esse valor caiu para 46,3%. Curiosamente, o número de estabelecimentos aumentou: em 2017, eram 13.300 estabelecimentos a mais do que em 2006. Isso indica uma significativa desconcentração do território utilizado, ou seja, mais produtores agropecuários usando uma área menor.

O Rio Grande do Sul, por sua vez, teve a experiência inversa. Houve um ligeiro aumento na porção do território estadual apropriado por estabelecimentos agropecuários: de 76,0%, em 2006, para 77,0%, em 2017. Ainda assim, o número de estabelecimentos decaiu de modo muito significativo. Eram 76.420 estabelecimentos a menos, em 2017, queda de 17,3%.”

Com exceção do Distrito Federal, houve aumento no número de estabelecimentos agropecuários usuários de agrotóxicos em todas as unidades da federação. Os maiores aumentos percentuais ocorreram no Espírito Santo (29,5%) e no Mato Grosso (28,1%). Embora a região Centro-Oeste tenha uma intensa atividade agrícola, o maior percentual de estabelecimentos usuários de agrotóxicos continua nos estados da região Sul: 72,1% dos estabelecimentos de Santa Catarina, 71,2% dos estabelecimentos do Rio Grande do Sul e 63,8% dos estabelecimentos do Paraná usavam agrotóxicos.

Os dois principais cultivos do país continuam sendo a soja e o milho e os mapas retratam a evolução de ambos no território: na região Norte ocorreu a maior expansão proporcional da área colhida de soja (339,1%), embora isso represente somente 8,0% da expansão da soja no país, no período. A maior expansão da área colhida de soja se deu no Centro-Oeste: de 7.730.388 para 14.148.202 hectares, um crescimento de 83,0%. Em 2017, esta região era responsável por 46,4% da área colhida da soja no país.

Mais de 70% do aumento total da área ocupada com sistemas agroflorestais no Brasil ocorreu no Semiárido: dos 5.614.188 hectares que o país ganhou, entre 2006 e 2017, 3.941.120 hectares estavam naquela região.

Outra dimensão importante das transformações nos espaços agropecuários brasileiros é a estrutura etária dos produtores. Os dados dos Censos mostram um envelhecimento dos produtores agropecuários brasileiros. Em todos os Estados do país, à exceção do Acre, as faixas de menor idade (menor que 25 anos, 25-35 e 35-45) viram sua participação no total de produtores cair. Enquanto isso, as faixas 45-55, 55-65 e 65 anos ou mais tiveram aumento de participação, sobretudo as últimas duas. O maior aumento, em pontos percentuais, ocorreu em Goiás, onde a faixa de 65 anos ou mais experimentou um aumento de 7,0%, entre 2006 e 2017.”

Geo e Drones na Indústria 4.0

Você já pode marcar na sua agenda: de 25 a 27 de junho acontecem em São Paulo (SP) os eventos MundoGEO Connect e DroneShow 2019, os maiores da América Latina e entre os cinco maiores do mundo no setor. Alinhados às tendências globais e com foco na realidade regional, o tema geral do MundoGEO Connect e DroneShow em 2019 será “Drones e Geotecnologia na Indústria 4.0”.

Os conteúdos dos cursos, palestras e debates estão sendo formatados por um time de 32 curadores para atender as demandas de empresas, profissionais e usuários principalmente nos setores de Agricultura, Cidades Inteligentes, Governança Digital, Infraestrutura, Meio Ambiente, Recursos Naturais, Segurança e Defesa.

Dentre as tecnologias disruptivas que estarão em destaque, estão Big Data, Inteligência Artificial / Machine Learning, Internet das Coisas, Realidade Virtual e Aumentada, BIM, Tecnologia Autônoma, entre outras, tudo isso cada vez mais integrado às Geotecnologias (Mapeamento, Cadastro, Imagens de Satélites, Inteligência Geográfica, GIS).

Os sites do MundoGEO Connect e DroneShow 2019 apresentam o time de curadores que está ajudando a desenhar de forma inovadora os conteúdos dos eventos. Ainda este ano será divulgado o formato e prazos para submissão de trabalhos, as formas de participação de startups e a lista completa de cursos inéditos e atividades paralelas da feira. Confira um resumo de como foi a última edição: