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A dinâmica de crescimento das cidades no entorno dos aeroportos exige constante vigilância para que edificações e estruturas verticalizadas não interfiram nas superfícies limitadoras de obstáculos dos aeródromos, comprometendo a segurança de voos.

Conforme Portaria DECEA Nº 184, o espaço aéreo, especialmente nas grandes cidades, é um recurso extremamente limitado, administrado de acordo com os interesses da sociedade, de maneira a garantir o seu uso eficiente e seguro.

Para essa utilização, são construídos aeródromos que trazem benefícios para a população, ao mesmo tempo que impõem uma série de restrições ao aproveitamento das propriedades urbanas localizadas no seu entorno, objetivando a segurança da atividade aérea.

Essa segurança depende das condições operacionais de cada aeródromo, que são diretamente influenciadas pela utilização do solo urbano nas suas proximidades.

A existência de obstáculos no entorno, pode impor limitações à plena utilização do sítio aeroportuário e restringir o desenvolvimento das atividades aéreas em uma determinada região.

Atendendo à Nota Técnica n° 02/2017/DPG/SAC-MTPA sobre cooperação técnica entre a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) e Agência dos Estados Unidos para o Comércio e Desenvolvimento (USTDA), de elaboração de um plano de avaliação e melhoria da segurança operacional do Aeroporto de Congonhas (SBSP), a Infraero contratou a execução de aerolevantamento de precisão para elaboração do Plano básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA) e Plano de Zona de Proteção de Auxílios à Navegação Aérea (PZPANA).

O serviço em fase de conclusão, está sendo executado pela empresa TOPOCART em área de 1.736 quilômetros quadrados e abrange implantação de marcos geodésicos na área de interesse, elaboração das ortofotos verdadeiras (true ortophotos) obtidas com câmera de grande formato modelo Eagle Prime, da fabricante Vexcel, com resolução espacial de 10 centímetros, geração dos modelos digitais de superfície e terreno a partir de perfilamento laser aéreo, levantamento tridimensional a laser por meio de mobile mapping da área do sítio aeroportuário, mapeamento de obstáculos e elaboração de plantas e documentos referentes à atualização cadastral do aeroporto para confecção dos PBZPA e PZPANA.

Os levantamentos cartográficos de precisão permitem identificar as mais delgadas estruturas que possam comprometer a segurança de voo, tais como para-raios, torres de transmissão e antenas das mais diversas, além dos edifícios.

Este trabalho garantirá a manutenção do Aeroporto de Congonhas dentro dos padrões de segurança operacional, bem como sua homologação para continuar operando voos internacionais, conforme normas vigentes no mundo para aeródromos dessa categoria.