O presidente da GITA Brasil fala sobre sua gestão e mostra perspectivas para o futuro do mercado e da entidade

A representante brasileira da Associação de Tecnologia e Informação Geoespacial (GITA) foi criada em maio de 2002 em São Paulo, fruto de uma reunião de 31 profissionais do setor.

Os objetivos da GITA Brasil são diversos. Eles seguem sempre a trilha das melhores oportunidades educacionais para promover benefícios nas áreas de informação geoespacial e tecnologia. As principais metas da instituição são: incentivar e promover o intercâmbio de idéias e informações entre seus sócios; incentivar e divulgar o desenvolvimento tecnológico, pesquisas, teses e desenvolvimento científico; cooperar e se afiliar a instituições congêneres nacionais e estrangeiras; realizar e apoiar congressos, simpósios, seminários e conferências para a difusão de trabalhos técnicos e realizar e apoiar publicações especializadas.

A atual diretoria é a seguinte:

Presidente – Geovane Cayres Magalhães – CPQD/Campinas
Vice-Presidente – Enaldo Montanha – CTGEO/Lins
Diretor de Publicações e Eventos – Emerson Zanon Granemann – Editora MundoGEO
Tesoureiro – Daniel Garcia Teijeiro – CPQD/Campinas
Secretário – Luiz Henrique Castelo Branco – CTGEO/Lins

O presidente Geovane Magalhães fala na entrevista abaixo sobre a atual gestão, planos para o futuro e sobre as realizações de sua frente à entidade.

InfoGEO: Quais são os principais fatos positivos da nova gestão da GITA Brasil?

Geovane Magalhães: No início desta gestão falamos "Esta gestão espera estabelecer as bases da associação". Neste contexto, muitas coisas foram realizadas:
– Formalização da associação – estatuto, regimento interno, registros legais, abertura de conta bancária, estabelecimento de boleto eletrônico para pagamento de anuidades, registros formais para emissão de notas fiscais, etc.
– Estabelecimento da sede em LINS com FTPTE/CTGEO e secretaria administrativa exercida pelo colega Gustavo Pazin.
– Estruturação e manutenção do site www.gita.org.br e serviços associados
– Afiliação à GITA Norte América (NA): estabelecimento de descontos simétricos quando associados da GITA NA vêm ao GeoBrasil e associados GITA Brasil vão à Conferência GITA NA; melhores artigos da Conferência NA no site GITA Brasil, extensão do apoio institucional da OGC com a GITA NA à GITA Brasil, troca de informações para a pesquisa de usuários, etc.
– Acordo com Alcantara Machado para o GeoBrasil – apoio à organização e execução, descontos para sócios no congresso e feira
– Acordo com MundoGeo para divulgação de informações
– Estabelecimento de parcerias com a SBC Sociedade Brasileira de Computação/GeoInfo.
– Participação em eventos como o Seminário GPS organizado pela AMCHAM/SP
– Ampliação dos quadro de associados

IG: Quais foram as principais dificuldades da atual gestão ?

GM: As principais dificuldades foram advindas da falta de massa crítica de associados. Todo começo é assim mesmo, mas se tivéssemos mais associados poderíamos abarcar projetos mais ambiciosos.

IG:Qual sua avaliação sobre o atual estágio de amadurecimento do mercado de geoinformação no Brasil ?

GM: O mercado ainda está se recuperando da diminuição drástica do volume de recursos disponível para negócios. Em 2000-2001 foi atingido um pico seguido de uma queda brusca de contratações. Também, o mercado ainda não está percebendo a tendência da globalização e não está se preparando para a exportação de serviços.

IG:Na sua opinião quais as principais prioridades para a próxima gestão?

GM: A consolidação de associação através da realização de eventos e disponibilização de informações que promovam a adesão de um número bem maior de associados individuais e corporativos.

IG: Comente alguns resultados da pesquisa de mercado realizada pelo Instituto de Pesquisa Datacenso.

GM: Em 2005, contratamos o Instituto de Pequisas Datacenso que realizou uma pesquisa inédita no setor de geoinformação, incluindo a cadeia de levantamentos de campo, sensoriamento remoto, GIS e equipamentos. Foram pesquisadas mais de 200 empresas, que informaram seu faturamento, divididos nas áreas municipal, agronegócios, recursos naturais entre outras. Outras informações foram levantadas como as previsões de crescimento, suas estratégias comerciais e a quantidade e perfil de seus funcionários. Os dados completos e surpreendentes da pesquisa, com certeza são importantissimos para que as empresas de geoptecnolgias possam projetar seu crescimento e reorientar sua ações comerciais. Um cópia dos resulatdos da pesquisa está disponível para os associados corporativos da GITA Brasil.

IG: Quais as futuras pesquisas que a GITA Brasil pretende executar ?

GM: Além da realização anual desta pesquisa de mercado com os fornecedores pretendemos realizar uma pesquisa com os usuários de forma similar à realizada pela GITA NA.

IG: Faça uma previsão de qual o papel que a GITA Brasil poderá ocupar no futuro deste mercado no país.

GM: A GITA Brasil deve ocupar o espaço de representação dos usuários e fornecedores da tecnologia da informação geoespacial participando da formulação das políticas de incentivo e promovendo a sinergia entre os seus associados para geração de riqueza e bem estar à sociedade brasileira.

IG: Qual o futuro do mercado de geoinformação no Brasil ?

GM: O futuro é promissor uma vez que em todas as partes do mundo o uso da informação geoespacial tem crescido exponencialmente e principalmente ela será fundamental para esta nova onda de tecnologia de informação e comunicação móvel.

IG: Quais são os principais desafios que este mercado vai ter que enfrentar ?

GM: O principal desafio é o da organização coerente de usuários (privado e governo) e fornecedores de forma a vencermos o desafio de construir e manter bases geográficas para todo o Brasil na segmentação desejada.