Pelo fato de se orientar por satélite, o GPS exige que o usuário esteja a céu aberto e longe de prédios altos, que podem ocasionar interferências. Já a tecnologia celular usa a triangulação das torres de transmissão mas peca pela falta de precisão (a margem de erro pode chegar a 400 metros).

Por causa destes fatores, há uma tendência de se juntar as tecnologias de GPS e de celulares. A QCT (Qualcomm CDMA Technologies), divisão de chipset da Qualcomm, tem uma tecnologia híbrida, a gpsOne, para telefones CDMA 1xRTT (como os da Telesp Celular em São Paulo).

A empresa informa que a precisão do sistema é de 5 a 10 metros em ambiente aberto e 10 a 20 metros em ambientes fechados. A QCT vem negociando com operadoras de telefonia móvel e a tecnologia deve estar disponível em 12 meses. Entre as primeiras aplicações que estarão disponíveis, destaca-se o mapa digital. Nele o celular identifica a localização do usuário, bastando informar onde se quer chegar para que a rota seja traçada.

Nos EUA, o gpsOne está em teste e deve ser lançado até 2003 por causa de uma lei que exige a localização das chamadas por celular para o serviço 911 (emergência). Japão e Coréia são os únicos países em que a tecnologia já está em operação. Outra aplicação interessante que incorpora o gpsOne é um dispositivo de rastreamento da empresa japonesa CocoSecom, que é usado para monitorar crianças e idosos com problemas mentais.