A opção mais utilizada atualmente para gerenciamento de projetos corporativos é a utilização do Microsoft Enterprise Project Management (EPM). Em termos gerais, é o campo do desenvolvimento organizacional que trata do gerenciamento de projetos dentro de uma empresa.

Não se discute o grau de importância que os avanços nessa área têm alcançado, porém é de fato importante saber onde estão os projetos, como eles estão espacializados e como seus resultados estão distribuídos no espaço geográfico. Neste contexto, uma tecnologia que vem avançando de forma muito rápida no mundo e no Brasil, e que tem tomado lugar de destaque no planejamento das organizações públicas e particulares, é o geoprocessamento. Portanto, é indiscutível a integração de tais tecnologias. Em um projeto de sistemas de gestão para uma empresa de utilities do Espírito Santo, desenvolvido pela empresa espanhola Nipsa através da sua filial situada em Vitória (ES), essa demanda se tornou necessária para gerenciar projetos corporativos.

Arquitetura

Para integrar gerenciamento de projetos utilizando tecnologias GIS, houve necessidade de se criar uma camada intermediária customizada para fazer a comunicação entre as tecnologias sem a necessidade de adaptar ou prejudicar requisitos fundamentais da gestão de projetos e do geoprocessamento, como mostra a figura a seguir.
Desenho global da arquitetura tecnológica para integração

Desenho global da arquitetura tecnológica para integração

Utilizando a tecnologia EPM da Microsoft, mantivemos os quatro bancos de dados que fornecem suporte à tecnologia:

Draft – informações do Microsoft Project Professional que não foram publicadas para o Project Web Access (PWA) ficam armazenadas neste banco;

Published – informações publicadas pelo Microsoft Project Professional ficam armazenadas neste banco;

Archive – informações que foram relacionadas na configuração de backup da solução ficam armazenadas neste banco;

Reporting – as informações do banco de dados published são tratadas neste banco para a retirada de relatórios do EPM. Este banco fornece dados para os cubos Olap do Analysis Services do PWA.

Na integração, os usuários acessam as informações do EPM através do navegador. A customização desenvolvida com interface web faz com que os usuários possam acessar as informações de forma transparente. Essas informações serão armazenadas no banco de dados da integração (DB Integração). Para que se garanta uma integração entre o projeto e as informações customizadas, o banco de dados “integração” sempre armazena o identificador único do projeto.

O banco de dados GeoBase irá fornecer informações espaciais, que são gerenciadas pelo Sistemas de Informação Geográfica (GIS), permitindo a leitura de todas as informações relacionadas a um lugar no espaço. Desta forma, a comunicação será através da camada intermediária chamada integração.

Portanto, a customização da camada intermediária, batizada de integração, fica responsável pela garantia e controle da integração entre o gerenciamento de projetos corporativos e o geoprocessamento.

Principais benefícios da solução:

• Como as informações dos projetos são trabalhadas utilizando o navegador (browser), os usuários poderão acessar as informações customizadas utilizando a mesma interface;

• As informações customizadas ficarão armazenadas em outro banco de dados, facilitando a retirada de relatórios, podendo-se utilizar ferramentas de mercado, como por exemplo o SQL Reporting Services 2008;

• Visão ampliada dos projetos, entendendo os mesmos como espacializados, e como seus resultados estão distribuídos no espaço geográfico, utilizando como ferramenta adicional mapas temáticos de projetos;

• Acessar um sistema baseado na customização do produto Microsoft Enterprise Project Management (EPM), estendendo as funcionalidades nativas com os recursos do Windows Sharepoint Services (WSS), adicionalmente comunicando estes produtos com as funcionalidades GIS fornecidas pelo ArcGIS da família Esri e gerando indicadores estratégicos e geográficos para tomada de decisão;

• O gerente “mapeia” o projeto na sua criação, de forma transparente e customizável, sem a necessidade de ser um especialista em geoprocessamento;

• A camada intermediária mantém a integração entre as tecnologias e seu funcionamento independente.

A garantia da integração entre as tecnologias, mantendo o funcionamento de cada uma de forma independente, garante a gestão de forma integrada das informações, gerando indicadores estratégicos e geográficos para a tomada de decisão.

Clóvis Lemos TavaresClóvis Lemos Tavares
Graduação em ciência da computação com ênfase em sistemas de informação pela PUC-MG. Consultor de negócios GIS sênior da NIP do Brasil. Coordenou o curso de sistemas de informação da Unincor. Gestor da seção de desenvolvimento de sistemas de informações geográficas da prefeitura municipal de Betim
clovisbd@gmail.com.br