Furtivo alerta usuários sobre irregularidades e acompanha resolução das ocorrências

Para dar mais voz ao cidadão e proporcionar uma ferramenta para cobrar o poder público, o advogado carioca Geovani Santos criou o aplicativo Furtivo. Lançada oficialmente em fevereiro, a plataforma funciona como uma rede social colaborativa, em que usuários apontam problemas relacionados a segurança, saúde, transportes, meio ambiente, educação e obras, e têm suas ocorrências levadas até os órgãos competentes.

Assista ao vídeo no Youtube: Furtivo Aplicativo

O Furtivo é baseado em três conceitos: Prevenir, Colaborar e Fiscalizar. O login no aplicativo pode ser feito por meio de conta no Facebook ou Twitter. Por meio de geolocalização, o sistema abre um mapa da região em que o usuário se encontra e dá a opção de criar uma nova ocorrência ou conferir as que já foram feitas, como buracos em vias públicas, escolas sem professores, assaltos e hospitais com falta de médicos.

Crédito: Divulgação

A categoria Segurança, por exemplo, abrange cinco subcategorias: pessoas desaparecidas, trabalho infantil, achados e perdidos, carro abandonado ou sucata, e roubo e furto. Nesta última, o usuário informa como e onde aconteceu o crime. A data e hora da ocorrência são gravadas automaticamente pelo sistema, que possibilita ainda fotos e comentários para a vítima informar detalhes – como marca, cor e placa, no caso de roubo de automóveis. “No Furtivo, quem aparece é o problema e quem ganha somos todos nós”, afirma o criador do app.

Como medida de prevenção, toda vez que o usuário se aproximar de uma área de alto risco, o sistema pode ser configurado para enviar uma notificação escrita e sonora para avisá-lo. “A melhor forma de estar seguro é se prevenindo. Muitas vezes nos descuidamos e o Furtivo pode ajudar nesse sentido, evitando desde assaltos até crimes mais graves”, comenta Santos.

Quando uma nova denúncia é realizada no aplicativo, é enviado um e-mail para os órgãos responsáveis, como Polícia Federal, Ministério Público Federal e mesmo o Presidente da República, para que providências sejam tomadas. Depois de 90 dias do registro da ocorrência, o app gera uma mensagem à vítima para conferir se o problema foi solucionado e, em caso negativo, insistir no caso.

“A ideia é alertar e contar com a colaboração da população, mostrando às autoridades onde há problemas sociais e de infraestrutura e os setores que precisam de melhorias. O cidadão é o melhor fiscal que existe”, afirma Geovani Santos, que completa: “não vamos cobrar nem negociar nada com o governo ou as prefeituras, o Furtivo não é político, é social”. A receita do aplicativo será gerada por meio de publicidade e patrocínio com empresas privadas.

O Furtivo é gratuito e está disponível para Android. A meta é atingir seis milhões de usuários no país e um milhão de denúncias até o meio de 2015. Também está nos planos do fundador fazer parcerias com revistas, jornais e emissoras de TV e rádio, além de expandir o serviço para outros países que enfrentam problemas similares aos do Brasil.

Fonte: Press Works