Em reunião de trabalho na manhã desta segunda-feira, 29, no prédio da Reitoria, a presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Maria Lúcia de Oliveira Falcón, pediu que a UFMG desenvolva veículo aéreo não tripulado (drone) para vistorias e fiscalização de uso da terra. “Precisamos de tecnologia específica para o trabalho do Incra, como registro e outros serviços”, esclareceu.

Maria Lúcia de Oliveira Falcón

Sediada na UFMG, a reunião contou com a presença de pesquisadores da UFMG e de outras universidades mineiras, estudantes do curso de Licenciatura do Campo, representantes do movimento sem-terra, quilombolas e órgãos governamentais. Engenheira agrônoma e professora da Universidade Federal de Sergipe, Maria Lúcia Falcón explicou que o Incra passa por reestruturação, baseada no tripé cooperativismo, agroindústria familiar e tecnologia.

“Essa nova metodologia aumenta a intensidade do vínculo do Incra com as universidades e institutos de pesquisa”, enfatizou. Na reunião, coordenada pela pró-reitora adjunta de Extensão, Cláudia Mayorga, a presidente do Incra apresentou outras demandas e discutiu propostas de criação e de ampliação de parcerias com as instituições presentes.

Ao receber em seu gabinete a presidente nacional do Incra e o novo superintendente do órgão em Minas Gerais, Gilson de Souza, o reitor Jaime Ramírez comentou que a UFMG tem vários projetos para os quais a parceria com o Incra é fundamental, a exemplo do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), que oferece cursos a jovens e adultos de assentamentos e capacita educadores para atuar nas escolas do campo.

Maria Lúcia Falcón explicou que o encontro na UFMG teve o propósito “não só de buscar ampliação do Pronera, com novos cursos nas áreas de cooperativismo, engenharia de produção e agroindústria familiar, mas também de desenvolver e ampliar colaborações de longo prazo”.

Presidente do Incra e reitor Jaime Ramírez em reunião na UFMG com pesquisadores e representantes de entidades e movimentos sociais

Segurança alimentar

A presidente do Incra também citou a demanda de desenvolvimento de novas cadeias de produção de biocombustível. “Além da mamona, a intenção é cultivar outras oleaginosas, que inclusive sejam comestíveis, para garantia da segurança alimentar”, disse a professora, destacando que ainda nesta segunda-feira o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário e Combate à Fome, vai assinar convênio com a Petrobras Biocombustível para beneficiar os assentamentos localizados no semiárido. “Também neste campo buscamos parcerias e apoio da Universidade e da Embrapa”.

Com relação à tecnologia de sensoriamento remoto, Maria Lúcia Falcón explicou que o Incra Minas Gerais será encarregado de supervisionar no país a implantação do projeto.

Fonte: UFMG