Com 46,5%, pequenas empresas lideram o ranking brasileiro de inovação

O modo como vivemos nas cidades atualmente mudará radicalmente nos próximos 5 ou 10 anos. Está acontecendo uma mudança irreversível, onde a tecnologia estará cada vez mais integrada aos espaços e serviços públicos. Esse processo global de transformação é chamado de Smart Cities (Cidades Inteligentes).

“Discutir se o futuro que se aproxima será positivo ou não é uma discussão que não gera efeito prático, pois ele irá acontecer e não tem como ser freado. O que precisamos e estamos fazendo é pensarmos em como utilizar o que está sendo criado de inovação para melhorar a qualidade de vida das pessoas de forma prática”, diz Guto Ferreira, Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

A ABDI e o INMETRO firmaram uma parceria para a criação 1° laboratório de testes para Cidades Inteligentes, no município de Xerém, no Rio de Janeiro. Neste local, em condições reais de uso, novas soluções de iluminação, conectividade, prevenção de desastres e mobilidade serão testadas. “Posso afirmar que deste projeto sairá grande parte do que teremos nas cidades nos próximos anos”, explica Ferreira. As empresas que se inscreveram, todas brasileiras ou multinacionais com escritórios no Brasil, ajudaram a traçar um ranking de como está a produção de tecnologia para Smart Cities.

Diferentemente do que muitos pensam, a maior parte, 46,5%, é formada por empresas de pequeno porte, com faturamento anual de até R$ 500 mil. Outros 17,16% são representados por empresas com faturamento entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões, ou seja, também podem ser consideradas pequenas. As grandes corporações, que faturam mais de R$ 50 milhões somam apenas 27,25%. “Este dado revela que tem muita gente empreendendo, mas que precisa de suporte para ter visibilidade, aprimorar o produto e conseguir conquistar mercado e crescer”.

Quando a questão é distribuição geográfica o Ranking de Inovação para Cidades Inteligentes mostrou que o Estado de São Paulo está na liderança, com 48 empresas participantes, do total de 109, seguido pelo Paraná com 14 e Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro empatados na 3° colocação, cada um com 10. Entre as cidades, São Paulo e Campinas são líderes, com 20 e 11 corporações respectivamente, seguidas por Curitiba, com 10 e Rio de Janeiro com 8.

“A liderança paulista já era prevista, em razão do grande parque industrial e tecnológico. Porém, o que chama a atenção é o sul do país despontando com soluções inovadoras e espalhadas por muitas localidades. O Brasil tem todas as ferramentas para ser o protagonista que levará as principais soluções de Cidades Inteligentes para toda a América do Sul”, afirma Guto Ferreira.

Cidades Inteligentes no MundoGEO#Connect

A relação entre as Geociências e as Cidades Inteligentes será destaque no MundoGEO#Connect, que acontece de 15 a 17 de maio em São Paulo (SP) e já está com inscrições abertas. Confira a programação completa.