O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) está estudando a possibilidade de adotar um sistema geocêntrico de coordenadas para o Brasil. Atualmente, a maioria dos mapas do país (excluindo as cartas de aviação, que são padronizadas em todo o mundo) utilizam o sistema topocêntrico, que toma como referencia inicial um ponto na superfície do território brasileiro localizado em Chuá (MG).
O referencial geocêntrico – que toma como referência o centro da Terra – vem sendo adotado internacionalmente na padronização de mapas. Caso essa tendência de migração para o geocentrismo se consolide também no Brasil, o plano do IBGE é modificar todos os mapas utilizados no país em até 10 anos (a um custo ainda não avaliado). A mudança, no entanto, deve afetar muito pouco os mapas produzidos para uso "doméstico", como os Atlas escolares.
A diferença será mais perceptível nos mapas em grandes escalas, como cartas topográficas de relevo, hidrografia, planejamento urbano e mapas rodoviários. A posição final sobre a substituição do topo pelo geocentrismo no Brasil sai após reuniões programadas entre o IBGE, a Sociedade Brasileira de Cartografia e outros órgãos produtores de mapas.