O ritmo de desmatamento na Amazônia cresceu 14,9% no período de um ano, entre agosto de 1999 e agosto de 2000, o que representa a devastação de 19.832 quilômetros quadrados. É o que mostra estimativa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgada ontem pelo Ministério do Meio Ambiente.
Com isso, o desflorestamento na Amazônia já atinge mais de 589 mil quilômetros quadrados, área superior à da Bahia. A projeção é preliminar e foi feita com base em imagens coletadas por satélite. Diante da projeção anunciada pelo Inpe, o ministério decidiu aumentar o rigor nas autorizações de desmatamento em 43 municípios de Mato Grosso, Pará e Rondônia.
Esses Estados têm respondido por 80% do desflorestamento nos últimos anos. De 1997 a 1999, essas 43 cidades foram responsáveis por 58% da área devastada na Amazônia.
A secretária de Coordenação da Amazônia do ministério, Mary Helena Allegretti, anunciou que, a partir deste mês, o licenciamento nesses municípios terá de ser georeferenciado, o que permitirá calcular com precisão os 20% de floresta que podem ser cortados, conforme a legislação brasileira.