A falta de um sistema de informatização nacional nas ferrovias, que permita a troca de dados entre as diversas concessionárias brasileiras, está inibindo investimentos no setor. Para resolver isso, a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) decidiu incluir entre suas metas a criação desse cadastro nacional, para possibilitar o rastreamento de vagões.
Atualmente, cada empresa possui o seu próprio sistema, que não se comunica com os demais. Segundo dados da Revista Ferroviária, em 2000 as concessionárias investiram mais de R$ 300 milhões em sistemas de comunicação por rádio, fibra óptica e satélite.
A perspectiva de expansão desse mercado já atraiu empresas como a paranaense Inepar, a chilena Entel e a argentina Amerton, que juntas trouxeram para o Brasil o sistema Orbcomm, com 36 satélites, e investimento US$ 500 milhões. A NEC e a Motorola também já estão desenvolvendo produtos específicos para rodovias.
O Brasil, contudo, ainda não atingiu o nível tecnológico dos Estados Unidos, país que estabeleceu um programa que permite a troca de dados entre todos os sistemas das concessionárias. Com isso, o cliente tem acesso, on-line, a todas as informações sobre sua carga, não importa em qual malha ela esteja.