O lixão do Alvarenga, situado na divisa de São Bernardo do Campo com Diadema, na Grande São Paulo, foi fechado e estudos topográficos e do equilíbrio geotécnico serão feitos para recuperar o ecossistema do local.
O enorme depósito de lixo e entulho está em área de manancial, mas de lá várias famílias ainda retiram o sustento dentre os restos jogados por caminhões, a maioria clandestinos.
Uma área de 40 hectares será cercada e fiscalizada por técnicos das prefeituras e policiais, impedindo o acesso de caminhões. De acordo com levantamento realizado pela prefeitura de Diadema, em 31 horas, 1.153 caminhões clandestinos despejaram entulho e lixo no Alvarenga. Desse total, 650 eram de São Paulo. Desde 1990, o lixo doméstico de São Bernardo é despejado no aterro sanitário de Mauá. Para o Alvarenga vão caminhões de entulho, ferro-velho e comida e catadores comentam sobre supermercados que despejam alimentos com data de validade vencida.
Com o fechamento, será iniciada a recuperação ambiental da área com a realização de estudos da topografia, do equilíbrio geotécnico da montanha de lixo, da drenagem dos líquidos (chorume) e de gases produzidos pela decomposição do lixo. Depois disso, o local será transformado numa área de lazer para a comunidade, com a arborização específica para o ecossistema.