Em uma semana, de 1º a 7 de agosto, o satélite NOAA-12 registrou 5.245 focos de fogo. É um aumento brusco, pois em julho, no mês inteiro, foram 6.950 incêndios, apenas 32% a mais do que nesta primeira semana de agosto.
Mas o aumento das queimadas não chega a ser uma surpresa, visto que a vegetação está extremamente seca na maior parte do país e não ocorreram chuvas fortes, como no início de julho. Além disso, agosto costuma ser o mês dos recordes, tanto no uso agrícola controlado do fogo como nos incêndios resultantes de descuidos nas queimadas.
Também no sertão nordestino o uso do fogo prossegue intenso, com tendência de se espalhar do sul do Piauí para o leste. Nesta semana, começou a queimar o interior do Ceará e Rio Grande do Norte, com alguns focos na Paraíba e extremo oeste de Pernambuco. E surgiram altas concentrações também na Chapada das Mangabeiras, nas proximidades de Cotegipe e Barreiras e ao norte de Pilão Arcado, junto ao reservatório de Sobradinho, na Bahia. No Mato Grosso, os índices aumentaram bastante, de forma generalizada, assim como no Tocantins, Maranhão, sul e leste do Pará.
Em Rondônia, começaram a queimar as áreas de pequenas propriedades rurais, entre Ariquemes, Jaru e Ouro Preto do Oeste. E até no Amazonas e no Acre surgiram alguns focos esparsos, numa antecipação da temporada usual de queimadas, assim como vem acontecendo no sertão nordestino desde junho.