A análise de risco de ocorrência de incêndios florestais pode ser feita de uma forma eficaz utilizando-se técnicas de geoprocessamento, como sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas, na geração de mapas de risco.
"Essa análise é realizada por meio de modelagem cartográfica, levando-se em conta os fatores envolvidos no risco de início e propagação de incêndios, tais como: condição da cobertura vegetal; condições meteorológicas; características do relevo; atividades antrópicas etc.", explica o professor Carlos A. Vettorazzi, do Departamento de Engenharia Rural da ESALQ/USP.
Com as informações oferecidas pelos mapas de risco, várias medidas podem ser tomadas para reduzir a ocorrência de incêndios, assim como no auxílio ao combate, como construção de estradas de acesso rápido aos locais e alocação de recursos de combate em pontos estratégicos.
"Para a implementação de um sistema de análise de risco de incêndios florestais, com a geração de mapas da distribuição espacial das áreas de risco e suas intensidades, é fundamental a existência de um banco de dados digitais, cartográficos e meteorológicos, adequadamente detalhado e atualizado", explica Vettorazzi.
A geração de mapas de risco pode ser feita em nível local, ou seja, para uma fazenda de uma empresa florestal, para um parque etc., ou em nível regional, como por exemplo para uma bacia hidrográfica ou para um município.