Um mapa com base em imagens de satélite, editado num Sistema de Informações Geográficas (SIG), vai mostrar o nível de contaminação da água de abastecimento de 13 municípios, das bacias dos rios Mogi-Guaçu e Pardo, no interior de São Paulo.
O mapa é fruto de um projeto de pesquisa iniciado em 1998 e em fase final de execução, com a coordenação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em parceria com o Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e com apoio logístico da concessionária de água de São Paulo, Sabesp.
A avaliação de contaminantes, nos pontos de captação de água dos 13 municípios, já incluiu alguns herbicidas e metais, de uso mais recente na agricultura e indústria, que só passaram a integrar a lista obrigatória de monitoramento a partir de dezembro de 2000, com a revisão da portaria 1469, do Ministério da Saúde, que regula a qualidade da água potável.
A portaria, editada em 1990, estava obsoleta, prevendo o monitoramento de produtos que não eram mais usados e deixando de fora os de uso atual. Os pesquisadores do Ipen já adaptaram às condições brasileiras a metodologia de análise internacional dos novos contaminantes, agora incluídos na portaria, antecipando tecnologicamente a atualização do monitoramento.