Há um ano e meio a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema) de Mato Grosso iniciou um projeto pioneiro de licenciamento ambiental das propriedades rurais e monitoramento por imagens de satélite. Mais de 10 milhões de hectares já foram cadastrados, com desmatamento ilegal registrado em 120 mil deles.
A vantagem está na tecnologia: em vez dos mapas tradicionais, em papel, os proprietários são obrigados a fornecer mapas digitais, com a propriedade plotada sobre imagens de satélite. As áreas que não podem ser desmatadas, ficam registradas permanentemente em um cadastro central.
A cada ano, o Estado atualiza o banco com novas imagens, que são comparadas às antigas, fornecidas pelos fazendeiros. O sistema identifica automaticamente qualquer área de desmatamento ilegal. Com isso, o técnico já sai para autuar o proprietário com uma imagem detalhada da extensão e localização do desmatamento. A multa por desmatamento é de R$ 1 mil por hectare.
Os resultados ainda são preliminares, mas se espera uma redução de 30% nos índices de desmatamento até o fim do ano. O Ministério do Meio Ambiente quer estender o projeto para todos os Estados da Amazônia Legal e já baixou portaria para implementar o sistema no Pará e Rondônia.