Colunista do MundoGEO, o professor do Departamento de Cartografia da UNESP Antonio Tommaselli escreveu recentemente sobre a evolução dos sistemas de restituição fotogramétricos. "Cerca de 70% dos custos de implantação de um GIS correspondem à coleta de dados e parte substancial destes dados são gerados direta ou indiretamente por processos fotogramétricos, tanto com imagens aéreas quanto orbitais.
E o processamento fotogramétrico é feito em instrumentos denominados restituidores", justificou Tommaselli, engenheiro cartógrafo pela UNESP que tem mestrado em Ciências Geodésicas na UFPR, doutorado em Engenharia Elétrica na UNICAMP e pós-doutorado no University College London, UCL, Grã-Bretanha. Ele descreve os vários tipos de instrumentos fotogramétricos, classificando-os como analógicos, analíticos e digitais. Segundo o colunista, a maior virtude dos sistemas digitais é também um dos seus pontos fracos.
"A substituição de componentes óticos e mecânicos por computadores faz com que estas plataformas fiquem obsoletas em poucos meses. Enquanto um restituidor analógico era feito para durar 40 anos, os computadores e softwares para restituição digital são substituídos a cada ano", escreveu. Mas, como enfatiza, os restituidores digitais geram automaticamente modelos digitais de terreno (MDT), ortoimagens e podem, ainda, aerotriangular automaticamente.
Não possuem limitações de geometria, podendo trabalhar com qualquer tipo de sensor, incluindo os de varredura linear, como os dos sistemas SPOT e Ikonos.
Além destas vantagens, o tempo de treinamento de um operador em um sistema digital é muito menor do que o necessário para os antigos sistemas analógicos. O texto do professor Antonio Tommaselli está na seção Colunas do portal MundoGEO