GEOBrasil 2002

Oportunidade de negócios e atualização tecnológica. Em poucas palavras, assim poderia ser definido o GEOBrasil 2002 – Congresso e Feira Internacionais de Geoinformação, evento já tradicional que tem sua próxima edição no Centro de Convenções Imigrantes, em São Paulo, entre os dias 21 e 24 de maio. A Alcantara Machado Feiras de Negócios, promotora e organizadora do GEOBrasil, garante que tanto a geração de negócios como as novidades e tendências do mercado de geotecnologias serão prioritários. No que diz respeito à feira, até o fechamento desta edição, em janeiro, mais de 800 metros quadrados estavam vendidos. Em razão disso, a feira foi transferida para um pavilhão maior do Centro de Convenções. A previsão é de que a feira cresça 100% em relação ao ano passado.

"Estamos observando que as empresas do setor estão muito empenhadas em consolidar o GEOBrasil como o mais importante evento de geração de negócios e atualização tecnológica na área", afirma o diretor José Danghesi, da Alcantara Machado Feiras de Negócios, maior promotora de eventos do Brasil – responsável também pelo Salão do Automóvel, PhotoBrasil (Imagem), FIEE (Energia), Feicon (Construção), entre outras.

As empresas que já garantiram sua participação no GEOBrasil estão preparando seus lançamentos. Roberto Falco, da Sisgraph, tem excelentes expectativas em torno do evento. "Como expositores, achamos importante esta consolidação em São Paulo para buscar o crescimento no volume de negócios. Escolhemos o GEOBrasil como o evento mais importante do setor e por isso vamos participar somente dele".

Outras empresas têm a mesma certeza e confiança. "A Geoambiente aguarda com expectativa o GEOBrasil. O evento terá grande importância na divulgação de sua nova linha de serviços com tecnologia Radar e na ortorretificação de imagens Ikonos para cartografia 1:10.000. Também será uma oportunidade única de reunião da comunidade de usuários de geoprocessamento, para a divulgação de tecnologia em integração de sistemas GIS e bancos de dados Oracle ", afirma Izabel Cecarelli, diretora presidente da Geoambiente.

Congresso

No quesito atualização tecnológica, o GEOBrasil também não deixa por menos serão – 13 cursos, nove painéis de gestão, sete painéis de tecnologia, nove debates e dois seminários. A programação abrange todos os segmentos da geoinformação, o que faz do Congresso GEOBrasil o mais importante do país e, portanto, imprescindível aos profissionais da área. A definição dos palestrantes e convidados foi minuciosa, elegendo os maiores expoentes em suas especialidades.

Segundo Mateus Batistella, da Embrapa Monitoramento por Satélite, o GEOBrasil tem contribuído para o desenvolvimento do setor. "O evento demonstra o aumento do interesse da comunidade técnica e usuários pelo geoprocessamento na área ambiental", comenta Batistella, que será instrutor de curso de GIS para meio ambiente. "Da minha parte, vou no GEOBrasil defender a bandeira do geoprocessamento nesta área dentro do mercado", continua ele, lembrando que a aplicação ambiental em algumas situações é deixada de lado, visto que tem utilidade mais preventiva, não visando o lucro imediato.

Já uma área que tem despertado interesse crescente no mercado é o LBS (Location Based Services). Um dos profissionais que abordará o tema no Congresso é Romualdo Monteiro de Barros, da Intelirredes, empresa que tem foco na localização de aparelhos celulares e LBS. "Estou entusiasmado porque é uma excelente hora para colocar o assunto. Consideramos que o LBS tem em 2002 o seu ano decisivo", afirma Romualdo, lembrando que existem muitos mitos acerca do assunto. "Esta é uma grande oportunidade para mostrar o que é realidade, e o que ainda está por vir". O GEOBrasil apresentará dois seminários, o de LBS e outro de Cidades.

O Congresso este ano coloca uma forma diferente de mostrar os resultados do uso da geoinformação. Entre os palestrantes convidados dos Painéis de Gestão, estão executivos e diretores de empresas que vão apresentar, numa visão gerencial, como estão utilizando a geoinformação na tomada de decisão. Nos painéis de tecnologia, os destaques são as apresentações dos grandes portais horizontais, explicando como a geoinformação está se popularizando pela web. No painel de novas tecnologias de imageadores aerotransportados e orbitais, os destaques serão os resultados de utilização de radar, laser, interferometria e scanner. Nos fóruns de debates, haverá um dia de discussões sobre quais são as melhores alternativas para a montagem do tão aguardado GIS integrado da cidade de São Paulo, além da inédita abordagem com a ABNT sobre a criação de normas de qualidade para mapas urbanos. Ainda estão previstos mais dois debates importantes – sobre a forma correta de orçamentos dos serviços de agrimensura e quais devem ser as melhores políticas públicas de distribuição de dados geográficos, a serem adotadas pelas instituições.

Dos 13 cursos da programação, são destaques o de Geomarketing, ministrado por Nivaldo Tristão, da China & Associados; Conversão de Dados Geográficos, por Enaldo Montanha, do CTGEO; e de Cadastro Técnico Municipal, pelo professor Jürgen Philips, da UFSC.

E, além dos profissionais do mercado nacional, estarão presentes 18 palestrantes de outros países. O canadense Wayne Szameitat, da Optech, falará sobre o sistema de mapeamento LIDAR. Da Holanda, representando a GITA, John Leeumenburg trará um panorama atual da tecnologia de GIS Mobile. Cesar Lanatta, gerente para a América Latina da Leica, comentará o uso de GPS na automatização de máquinas para movimentos de terras. Guillermo Gallo, da LH-Systems, apresentará as recentes experiências no uso de sensores digitais aerotransportados. John Lee, diretor de distribuição da empresa Digital Globe, as principais características das imagens do recém lançado satélite de alta resolução Quik Bird. Michael Gerling, da GDT, Majdi Zahran, da empresa Intelliwhere, parceira internacional da Intergraph, Alan Townsend, da Trimble, entre outros executivos, têm presença confirmada. Ainda estarão no GEOBrasil representantes das empresas Leica, GE/Smallworld, Autodesk e ESRI, que também participam do evento. As palestras terão tradução simultânea.

"O GEOBrasil 2002 não será um evento acadêmico, onde se apresentam estudos de caso. O Congresso assim como a Feira têm como objetivo atender a comunidade usuária e produtora de geoinformação priorizando a visão gerencial e a geração de bons negócios. O setor acadêmico participa do GEOBrasil como um elemento isento para clarear discussões e avaliar as novas tendências que serão apresentadas no evento", esclarece Emerson Zanon Granemann, coordenador do Congresso GEOBrasil 2002 e consultor da Alcantara Machado Feiras de Negócios. Apesar disso, o GEOBrasil tem um espaço especial chamado de Painel Acadêmico, onde serão reconhecidos e premiados os trabalhos e pesquisas acadêmicas que estão apresentando soluções criativas, inovadoras, e que podem auxiliar no desenvolvimento das geotecnologias no Brasil.