Representantes de organizações não-governamentais e do Ibama se reuniram semana passada, em Maceió, para discutir a instalação da Estação Ecológica de Murici, em Alagoas.
Criada em julho do ano passado pelo governo federal, essa área de proteção abriga o maior número de aves ameaçadas de extinção entre os remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste. Apesar disso, ainda existe somente no papel, pois toda sua extensão é ainda propriedade particular.
O WWF e a Sociedade Nordestina de Ecologia (SNE) firmaram uma parceria para facilitar a implantação da reserva. Através de oficinas, que têm o objetivo de reunir todos os setores envolvidos – ONGs, prefeituras, polícia ambiental, Incra, proprietários -, será traçado um plano de ação que leve à implantação da Estação Ecológica.
Além disso, o projeto inclui um levantamento fundiário, que deve subsidiar o Ibama, gestor da unidade de conservação, para regularizar a área. As entidades ambientalistas pretendem ainda consolidar um mapa com as delimitações das cerca de 30 propriedades dentro da Estação Ecológica.
A desarticulação das ONGs locais e a falta de estrutura do Ibama, para garantir o monitoramento da área, também são apontados como desafios a serem vencidos para a efetiva proteção de Murici.