O zoneamento ecológico-econômico (ZEE) do Brasil não será iniciado neste governo. Mas vai para a internet. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) está criando o portal ZEE Brasil, que dará acesso a informações que constituiriam uma primeira aproximação do ZEE nacional.
A Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), entidade não-governamental com sede no Rio, foi contratada pelo MMA para desenvolver o portal. As dificuldades para a execução do ZEE vão muito além da crônica falta de recursos. Nos dois últimos anos, o MMA identificou as informações de interesse para o zoneamento já existentes no governo federal. Identificou 450 bases de dados espalhadas, literalmente, por todo o território nacional. E pior: boa parte está em formato não eletrônico.
Mesmo quando estão, não são compatíveis, ou seja, não "conversam" nem trocam informações. Uma das expectativas com o portal é que ele force a integração dentro do governo, eliminando a "torre de babel" que impede, até agora, que as informações existentes, por exemplo, nos ZEE estaduais sejam somadas, ou mesmo comparadas, àquelas disponíveis nos ministérios da Agricultura e do Planejamento ou no Ibama. Ou ainda, que os mapas do Radam Brasil sejam disponíveis através do sistema cartográfico informatizado do IBGE.
O custo para uma primeira etapa do ZEE nacional é de R$ 210 milhões e três anos de trabalho.