Na terça-feira (26/3) a União Européia (UE) concordou em financiar uma grande rede de navegação por satélite, o projeto "Galileo", que concorrerá com o Sistema de Posicionamento Global (GPS). Os ministros dos Transportes dos 15 países membros da UE criaram um orçamento de 396 milhões de dólares para o desenvolvimento do novo sistema, em quatro anos. A soma não inclui quase 100 milhões de dólares já autorizados nem os cerca de 500 milhões de dólares da Agência Espacial Européia.
O projeto europeu deve criar mais de 100 mil empregos e seu lançamento está previsto para 2006. Dois anos depois, o Galileo já deve estar em operação. O sistema consistirá de 30 satélites e pode ser usado para a administração do tráfego e da navegação aérea, além de ter utilidade para a prospecção de petróleo e pesquisas científicas. Seu uso será predominantemente civil, disseram autoridades do bloco europeu, acrescentando que o sistema seria desligado em tempos de crise. Atualmente, além do GPS, existe uma outra rede de navegação – a russa Glonass, embora esta não seja mais totalmente operável. Ambos os sistemas existentes são formados por satélites militares que emitem e enviam sinais para receptores civis, que podem determinar sua posição com uma margem de erro de dezenas de metros.
O Galileo deve ser bem mais preciso, com uma margem de erro de apenas um metro. Os EUA vêem o Galileo como um desafio à sua superioridade na tecnologia espacial e argumentam que o projeto duplica o GPS.