O SCD-1, primeiro satélite inteiramente desenvolvido no Brasil, pelo Inpe, completou nove anos em órbita em fevereiro. Lançado em 1993 por um foguete norte-americano, o satélite inaugurou um sistema de coleta de dados que fornece diversos tipos de informações sobre o território brasileiro várias vezes ao dia. Com uma média de sete passagens sobre o país, o SCD-1 retransmite dados sobre hidrologia, meteorologia e meio ambiente de regiões remotas e de difícil acesso, como o interior da floresta amazônica. O sistema conta atualmente com uma rede de 467 plataformas, devendo chegar a 700 até o final deste ano. Os dados são enviados automaticamente de diversos pontos do território ao satélite, que os repassa a um Centro de Recepção. Logo em seguida, os dados são processados e distribuídos às instituições usuárias do sistema. O tempo entre o momento em que os dados são enviados até tornarem-se disponíveis é de 30 minutos. Outros dois satélites brasileiros, o SCD-2 e o CBERS-1 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), lançados anos depois, integram a constelação de satélites de coleta de dados. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é o maior usuário do sistema, com 150 plataformas hidrológicas. Com elas, a ANEEL monitora os recursos hídricos do país, acompanhando, por exemplo, a variação do nível de água de rios e açudes, acompanhando e prevendo situações de inundação e seca. A Agência conta com mais 62 plataformas, adquiridas pelo Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). Até o final do ano, mais 200 unidades deverão ser instaladas na Amazônia pelo SIVAM.
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