A ONU bloqueou a proposta brasileira para elaboração de convenção sobre sensoriamento remoto. Países desenvolvidos consideram que a Declaração da Assembléia Geral da ONU de 1986 continua sendo suficiente para regulamentar as atividades de sensoriamento remoto.
A delegação do Brasil apresentou na reunião do Subcomitê Jurídico da ONU para o Espaço a proposta de se discutir a transformação da Declaração dos Princípios sobre Sensoriamento Remoto em uma convenção internacional capaz de atender às grandes mudanças tecnológicas, econômicas e políticas ocorridas desde os anos 80. De acordo com a proposta brasileira, "o sensoriamento remoto por satélite se tornou atividade vital para o bem-estar da humanidade e para o desenvolvimento de todos os países, bem como sua especial relevância para a paz e a segurança internacionais e para os programas econômicos e sociais dos países em desenvolvimento".
"Nós consideramos que é necessário elaborar uma convenção internacional para dar atualidade aos Princípios sobre Sensoriamento Remoto e para desenvolver normas sobre as novas situações resultantes das inovações tecnológicas nas atividades de sensoriamento remoto e de suas aplicações comerciais", escreveu, de Viena, para o Jornal da Ciência, seu editor José Monserrat Filho.
A delegação brasileira propõe a inclusão na agenda do Subcomitê Jurídico de um novo ponto sobre a discussão de uma convenção internacional baseada na Declaração da Assembléia Geral da ONU contendo os Princípios sobre Sensoriamento Remoto. A proposta brasileira não contou com o consenso necessário para ser aprovada.