Paulínia (SP) sediou na semana passada o 1º Simpósio e Exposição Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em Municípios Industriais, que colocou na mesma mesa de debates 90 conferencistas entre cientistas, empresários, governantes e ambientalistas.

Ao contrário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio-92), que se realizou em uma capital e teve a participação quase que exclusiva de governantes estrangeiros, o evento de Paulínia foi o primeiro de grande porte realizado no Brasil depois da Rio-92, onde a participação da indústria saiu da berlinda para a linha de frente nas discussões sobre questões ambientais.

"Trata-se de um momento histórico para a questão ambiental brasileira, pois o que aconteceu aqui foi a demonstração de que, dez anos após a Rio-92, o setor industrial instalado no país investiu cerca de US$ 10 bilhões em tecnologias para melhoria ambiental", diz o professor e geólogo Dorival Correia Bruni, presidente da Ong Instituto Ambiental Biosfera, responsável pela coordenação do evento.

Para ele é pouco, diante do passivo ambiental legado por anos de poluição e exploração irracional dos recursos ambientais no país, mas é um indicativo de alguns avanços no cumprimento da Agenda 21, documento final da Rio-92 que estabeleceu critérios para o desenvolvimento sustentável no mundo. Do ponto de vista da indústria nacional, houve um avanço significativo com relação às políticas ambientais locais, empregadas na linha de produção.