A publicação “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável” do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta semana no Rio de Janeiro, mostra que a taxa de desmatamento na Amazônia aumentou de 0,37% da área remanescente em 1991/1992 para 0,48% em 1998/1999 (a última projeção do governo aponta uma queda de 13,4% em 2000/2001, mas o dado não indica uma tendência). A taxa já foi maior na década de 90, quando chegou a 0,81% em 1994/1995.

A publicação não traz dados novos, mas junta em um só documento, pela primeira vez no país, 50 indicadores ambientais, sociais e econômicos para serem relacionados entre si, seguindo orientação da Comissão para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Os dados do IBGE mostram o aumento de 2000 para 2001 de focos de calor detectados por satélite no país, que podem indicar tanto a existência de queimadas autorizadas pelo poder público como incêndios com graves conseqüências para o ambiente.

O número de focos detectados cresceu de 104 mil para 145 mil. Os focos foram concentrados principalmente no Pará e no Mato Grosso, Estados amazônicos campeões de desmatamento. Segundo o ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, o Brasil já esgotou o modelo de gestão ambiental baseado nos mecanismos estatais de controle.