O Ibama está implantando um sistema de monitoramento em tempo real, via satélite, para enfrentar as fraudes na exploração, no transporte e no comércio de madeira e derivados na região amazônica. Utilizando técnicas de geoprocessamento adotadas contra roubo de cargas, uma das principais inovações do OmniSAT é a substituição da guia manuscrita de Autorização de Transporte de Produtos Florestais – ATPF – por um modelo eletrônico que permitirá identificar com segurança a origem do produto e dificultar as ilegalidades. Coordenado pelo Projeto de Apoio ao Manejo Florestal Sustentável na Amazônia (ProManejo), o OmniSAT deverá ser testado em setembro. Trabalham como parceiros do Ibama o Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia) e a Autrotac – responsável pela tecnologia.
O sistema está sendo financiada pelo Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil – PPG7. O coordenador do ProManejo, Antonio Carlos Hummel, informou que quatro madeireiras participarão do projeto-piloto. Duas do Pará – a Cikel Brasil Verde S/A e a Lisboa Madeireira, e duas do Amazonas – a Gethal Amazonas e a Mil Madeiras.
O sistema rastreará todo o percurso da madeira extraída por estas empresas: a exploração na floresta, o transporte, o beneficiamento nas indústrias e a venda no comércio. O sistema de monitoramento da madeira alertará permanentemente os fiscais do Ibama sobre os indícios de fraudes.