O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) entrou em estado de alerta por causa do aumento das queimadas em diversas regiões do país.
Os focos de incêndio registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio de satélites, estão oscilando bastante, segundo técnicos do Ibama. A situação é mais grave na Amazônia, principalmente no chamado Arco do Fogo, que compreende do Maranhão ao Acre.
A situação deve se agravar entre esta semana e o dia 15, quando os agricultores intensificam os desmatamentos e queimadas para a plantação. Segundo informações do Ibama, os cuidados estão concentrados no sul e sudeste do Pará, entre as cidades de Altamira e Marabá, além do norte de Mato Grosso. Na reserva Poços das Antas, em torno de 1.130 hectares já foram destruídos pelas queimadas, mas a situação está sob controle, conforme o Ibama. As intensas queimadas, principalmente na Amazônia, estão prejudicando o tráfego aéreo. Pequenos e grandes aviões estão encontrando dificuldades para pousos e decolagens por causa da fumaça.
A mesma dificuldade vem enfrentando quem trafega pelas rodovias da região, especialmente no sul do Pará, onde o fogo colocado nos pastos chega às margens das rodovias, provocando acidentes. A fumaça é mais intensa pela manhã e no início da noite. O Ibama vem mantendo uma equipe com fiscais e helicópteros em São Félix do Araguaia, de onde monitoram os focos de fogo da região.
Os técnicos explicaram que os satélites identificaram em torno de 1.500 focos de calor, o que nem sempre representa incêndio na floresta.